Cidadãos do Infinito




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10/02/2012
MILAGRE PARA TODOS
Cordão de Santa Filomena


Alair Pereira do Lago - Cientista da USP.

Darwin afirma em “Na origem das espécies” que a lei da seleção natural fora impressa na matéria pela ação do Criador. Contudo, talvez possa parecer um consenso hoje que uma crença em milagres seja em si anticientífico.

Ao fazer uma pequena revisão histórica do pensamento científico a este respeito procuramos explicar como esta mudança de mentalidade foi formada. Nós mesmos, testemunhas de alguns milagres, “experimentos” diversas vezes repetidos, fazemos aqui um brevíssimo resumo.

Apresentamos um relatório detalhado feito por cientista que é testemunha de um milagre.

 

Introdução

 

Em carta privada escrita a amigos próximos em 11 de julho de 2008 e tornada pública a 19 de setembro do mesmo ano, fazemos um relato razoavelmente detalhado de vários fatos extraordinários por nós testemunhados e que muito bem poderiam ser chamados de milagres.

 

Apresentamos inclusive a foto de alguns nós que espontaneamente surgiram num cordão que foi guardado em ambiente controlado (vide Figura ). Cada um dos três nós assinalados tem uma história própria.

 

Ainda assim, a história de cada um tem um denominador comum: o nó em questão não existia; o cordão foi guardado em ambiente controlado; quando o cordão foi novamente inspecionado, o novo nó se mostrou presente.

 

Não é necessário ser um especialista em Topologia Matemática para concluir aquilo que o próprio bom senso indica: não há chance de que estes nós venham a aparecer espontaneamente.

 

Se se puder confiar no relato feito, uma pergunta que naturalmente se coloca é:

Qual a origem dos nós? Um milagre, como relatado? Que diz a ciência disto?

Talvez hoje possa parecer que qualquer afirmativa a favor de um milagre, pareça anticientífico...

 

Há um século e meio atrás, por exemplo, não era assim, a não ser talvez na mente de uma minoria, ainda que bastante influente... Sem pretender esgotar a questão, este breve texto pretende tratar rapidamente desta questão.

 

Os dois nós numa ponta e os três na outra existiam já desde a confecção do cordão. Os três nós comentados apareceram espontaneamente, prenunciando a concepção da Filomena, a concepção do Gabriel e o fim do Silêncio após minha comunicação a respeito da concepção da Filomena ser completa.

 

Parece talvez consenso hoje que a teoria da evolução de Darwin, formulada originalmente em seu livro “Na origem das espécies”, e que ano passado completou 150 anos de publicação, seja uma espécie de demonstração da não existência do Criador.

 

Poucos porém que assim dizem leram o trabalho original de Darwin. Ainda que também eu não tenha lido o trabalho completo, o pouco que li me permite  afirmar que este consenso está mais próximo a uma superstição inverídica

que se tornou dogmatizada tantas vezes que foi repetida por aqueles que nela acreditam que propriamente da verdade dos fatos.

Iniciando o parágrafo conclusivo de seu famoso trabalho “A Origem das Espécies”, publicado em 1859, Charles Darwin mais parece um monge a contemplar a beleza da criação.

 

É verdade, Charles Darwin menciona que a criação deriva das “leis que agem ao nosso redor” (“laws acting around us”) no último parágrafo da obra, leis estas que ele acredita revelar em seu trabalho, ainda que não pretenda esgotá-las. Se Darwin contempla a beleza e a verdade destas leis, no próprio parágrafo precedente ele é claro em afirmar de onde procedem estas leis, de onde por consequência deriva a criação: “laws impressed on matter by the Creator”...

 

O Darwinismo autêntico de Darwin era criacionista! Darwin acreditava em milagres,... atos supremos de Deus.

 

Contemplando as leis que regem a criação, ele contemplava o Criador, o Criador das leis, o Criador da criação! A ciência bem feita nos leva à  contemplação da criação, das leis que a rege, e do próprio Criador. A ciência mal feita, a ciência dos fracos, a ciência dos maus cientistas, não sobrevive, é fadada à morte e à extinção. Este é o Juízo Final que Darwin mesmo daria a todos os maus cientistas que colocaram em sua boca o que ele mesmo não disse!

 

Milagres para todos

 

Como fez Carrel, ainda que a muitas custas, é necessário ao cientista de hoje ter a coragem de se debruçar sobre toda a realidade. E com competência e sinceridade relatá-la. Do contrário, a ciência se conformará a uma métrica cada vez mais míope. Também nós temos a possibilidade de poder relatar um milagre por nós testemunhado. Mais que uma possibilidade, uma  responsabilidade.

 

Como Carrel, também nós nos sentimos há um certo momento receosos de termos nos enganado em nosso diagnóstico. Como já mencionamos na introdução, em carta privada escrita a amigos próximos em 11 de julho de 2008 e tornada pública a 19 de setembro do mesmo ano, fazemos um relato razoavelmente detalhado de alguns milagres por nós testemunhados.

 

Apresentamos inclusive a foto de alguns nós que espontaneamente surgiram num cordão que foi guardado em ambiente controlado (vide Figura ). Se cada um dos três nós assinalados tem uma história própria, a história de cada um tem um denominador comum: o nó em questão não existia; o cordão foi guardado em ambiente controlado; quando o cordão foi novamente  inspecionado, o novo nó se mostrou presente.

 

Além da dúzia de nós espontâneos que apareceram nos anos de 2004 e 2005, período que para nós poderia ser comparado talvez ao período de 46 a 48, descrito nas cartas de irmã Teresa de Calcutá como aquele de uma intimidade intensa com o Mistério, experimentamos um hiato, um silêncio de Deus, uma noite escura talvez se pudesse lembrar, nos anos de 2006 e 2007. Apesar de pedirmos ao Mistério, rezarmos, desejarmos, aquelas manifestações que já tanto nos agradavam cessaram.

 

Qual um relacionamento afetivo, o milagre depende da liberdade de um outro, de um Outro. E durante estes dois anos, o Outro se calou. Muitos de nós, como irmã Teresa experimentou de forma mais sofrida por onze anos, faz a experiência deste silêncio. Como ela, também fomos buscar às fontes, aos relatos de homens que testemunharam o Mistério, a manifestação do Mistério que procurávamos.

 

Atentos aos sinais, pedindo, atentos aos relatos destas testemunhas, atentos principalmente à nossa própria consciência, sem renunciar ao desejo, reencontramos os milagres, e a manifestação efusiva do Mistério. O nó assinalado como comunicaço, bem mais efusivo que os nós de costume, reapareceu depois que entendemos que era necessário comunicar o que estava na parte final daquela carta, uma tarefa da qual vínhamos nos esquivando. Ainda diversos outros nós têm surgido de quando em quando, inclusive depois da publicação da referida carta.

 

Conclusão

 

O prognóstico de Wolfgang Pauli, de que aquela separação entre  conhecimento e fé iria terminar em lágrimas se consumou muito mais rapidamente do que se poderia esperar. Se os horrores inimagináveis se manifestaram com a ascensão do Nazismo, as lágrimas ainda não terminaram, já que mesmo depois de Hitler as mesmas pretensões eugênicas vem sendo executadas paulatina e mais discretamente por aquela ínfima minoria capaz de moldar a mente pública, como já nos descreveu Bernays. Ademais, esta separação só vem se aprofundando desde 1927 para cá.

 

John D. Rockefeller III, que já foi o homem mais rico do mundo e patrão de Carrel enquanto este viveu em Nova Iorque, foi ativo apoiador da eugenia. Criou em 1952 o “Population Council” e colocou em sua liderança o eugenista Frederick Osborn, líder da “American Eugenics Society”, e que foi vice-presidente ou presidente do conselho até 1959. Em 1954, Osborne fundou a revista científica “Eugenics Quarterly”. Se o nazismo veio a difamar a eugenia, em 1968, Osborn escreveu em livro que as teses da eugenia prevaleceriam sob um outro nome (“Eugenic goals are most likely to be attained under another name than eugenics”).

 

Em 1970, a revista “Eugenics Quarterly” foi rebatisada para “Social Biology”. Entre tantas ações, o “Population Council” patrocinou o desenvolvimento de diversos métodos de controle de natalidade desde que foi criado, inclusive mais de 70 tipos de DIU, bem como a difusão do aborto. A própria aprovação do aborto nos EUA em 1973 e o relatório Kissinger [32] em 1974 (somente tornado público em 1986), difundindo métodos contraceptivos e esterilização nos países do terceiro mundo, confirmam os prognósticos de Osborne, bem como revelam que a filosofia assinada por Julian Huxley na carta filosófica por ele preparada para a UNESCO e Alex Carrel em seu livro de 1935 vem sendo aplicadas em nossa cultura.

 

Esta crença nas metas da eugenia, ainda que com outro nome, que tanto vem guiando a UNESCO e os órgãos máximos da ciência, educação, cultura e meios de comunicação é uma crença no desamor como condição para alcançar o progresso evolutivo desejado. Dado que esta política de separação entre o conhecimento e a fé, entre a ciência e a religião, ainda não havia chegado a seu ápice, como hoje, horrores inimagináveis maiores que aqueles testemunhados por Victor Frankl e previstos por Heisenberg e Pauli ainda nos aguardam.

 

Sem o amor, ainda que tantas vezes seja corrompida esta palavra, mas bem sabemos quando fazemos uma experiência de sermos amados, não há evolução possível. Se Julian Huxley pôde quem sabe de alguma forma rever suas posições, depois da amizade com Chardin, não podemos infelizmente dizer o mesmo por parte daqueles que lhe colocaram na posição de poder que assumira antes.

 

Tal como com tantos (inclusive irmã Teresa de Calcutá) que dentro de sua experiência de oração tiveram a oportunidade mística de se comunicar com o Mistério em via de mão dupla, vemos na parte final de nossa carta antes mencionada [15] que é o próprio Mistério que faz uso de um de nós, tal como tantos de nós, para se comunicar a todos. Quando a ética herdada de tantas tradições religiosas cai feito um castelo de cartas como prenunciou Wolfgang Pauli, até porque não poucos se arrogam a tarefa de remodelar qual deve ser o pensamento ético das massas, como já prenunciou Bernays e Bertrand Russel, o Mistério mesmo toma a iniciativa de se comunicar a todos, e a todos dizer que a verdadeira evolução está às portas.

 

Nesta evolução, os fortes serão naturalmente selecionados. Mesmo que caiam mil à direita e mil à esquerda, o forte é aquele que permanece de pé, aquele exemplar da espécie humana mais adaptado a uma nova civilização, civilização esta fundada como reconheceu Julian Huxley em 1958, no Amor. A lei de ouro, doada misteriosamente a todas as grandes tradições religiosas no mundo, aquela de amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo, é o resumo misterioso de todas as leis infundidas nas culturas e no coração de cada homem.

 

Se a humanidade ainda possui tanta dificuldade em convergir para esta evoluída civilização, é  por falta de autocrítica de cada homem, é por falta de ciência a respeito de si mesmo primeiramente, ciência a respeito de quem lhe é mais próximo. O exemplo de paz dado pela família de hindus que compartilha sua miserável porção de arroz com a família muçulmana relatado por irmã Teresa de Calcutá, prêmio Nobel da Paz de 1979, é mais um exemplo que o Amor e a Paz são possíveis.

 

Sem aceitar a parte de sacrifício2 que cabe a si porém, o que vemos e veremos é o desamor, o que veremos é a realização de mais uma utopia. Veremos o progresso evolutivo apregoado pela filosofia da qual Julian Huxley foi porta-voz em 1946, alçado a critério de comparação último de qualquer política educacional, científica e cultural. É de se perguntar se este mesmo progresso evolutivo, como síntese das metas da eugenia, não terá sido deificado, para usar termo que Aldous Huxley bem disse a respeito de tantas ideologias de nossos tempos.

 

Se a inteligência parecia não ter faltado a Aldous, talvez tenha faltado uma coincidência, um simples acaso, como aquela sequência de acasos que levaram à descoberta da penicilina, acasos que bem poderiam ter mudado o rumo de sua vida, quem sabe até levando-o a uma unidade inimaginada entre o eu e o cosmos.

 

De alguma forma, é para pessoas como Aldous que estas palavras são aqui escritas. São escritas por alguém que aprendeu a ter em mente (e porque não dizer também no coração) os irmãos Huxley, mas também o restante da família, inclusive a fraternidade à qual pertenciam. A eles era ainda mais difícil que a Carrel dar o devido nome a um milagre como o de Lourdes. Se por um lado estamos já diante de horrores antes inimagináveis ,ainda que desconhecidos da maioria, mas que podem sim ser minimizados com boa ciência (fruto de uma autêntica e sincera busca da verdade, fruto de mais observação da realidade toda e menos raciocínio e ideologia, com boa educação e boa informação (difundidas com responsabilidade, com coragem para lutar contra a fraude é possível já a cada um experimentar o milagre da mudança em si mesmo e em seu entorno. A quem permanecer de pé, sobre o valor do sacrifício aceito e bem vivido, bem como do valor que ele pode adquirir, além do valor do próprio diálogo religioso, referimos o leitor a  http://www.ime.usp.br/~alair/FilomenaAndTheKing/Oferecimento/  não está longe o dia em que o próprio Mistério, que o Infinito, se deixará ser medido por todos com régua e compasso...

 

De antemão agradeço a todos que compõe a história deste texto. Agradeço de antemão a todo aquele que julgando minimamente relevantes estas palavras, mesmo que não venha a concordar integralmente, se puser a difundi-las da forma que pode. A difusão da boa informação é uma das melhores armas que nos resta. Além de fortalecer a quem nos é próximo, torna-nos mais fortes, merecedores da evolução que nos aguarda. É de se louvar, a este respeito, a fortaleza e a serenidade com que podemos ver nas entrevistas dadas pelo cineasta judeu-americano Aaron Russo e pela doutora espanhola em saúde pública Teresa Forcades y Vila. 

 

Quando irmã Teresa em seu pronunciamento falou das ameaças à Paz, usou justamente uma das experiências mais  amorosas para descrever a Deus:

“Even if a mother could forget her child, I will not forget you.” As palavras dadas pelo salmista ao povo de Israel, são dadas também a todas as nações, como

promessa feita por Deus a Abraão e a tantos outros que tiveram a felicidade de receber uma simples forma que lhe comunique a revelação do Mistério.

 








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