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Santa Igreja
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06/01/2012
A ÚNICA IGREJA QUE CRISTO EDIFICOU
Pedro, a Pedra da Igreja


O presente artigo é, primeiramente, uma tradução de alguns artigos do site   cripturecatholic.com,  mas que foi feito vários ajustes, muitos parágrafos foram adicionados, alguns capítulos foram totalmente reformados, tornando este artigo em português num pequeno estudo bíblico. Através dele veremos o testemunho das Sagradas Escrituras sobre alguns pontos da doutrina da Igreja Católica, que sempre é atacada e pisoteada por aqueles que não a compreendem, e também por aqueles que mesmo compreendendo, não a aceitam por total teimosia. Este estudo é especialmente dedicado aos primeiros.

1ª Parte: Pedro, a Pedra da Igreja

I. Pedro é a Rocha na qual a Igreja é Edificada
II. A Evidente Primazia de Pedro
III. Pedro tem as Chaves de Autoridade sobre o Reino na Terra, a Igreja

2ª Parte: A Igreja é Apostólica

I. Os Líderes Ordenados Participam do Ministério e Autoridade de Jesus
II. As Chaves de Pedro e Sucessão Papal
III. A Autoridade é Transferida pelo Sacramento da Ordem
IV. A Obediência à Autoridade Apostólica

3ª Parte: A Igreja é Santa e Católica

I. A Igreja é Mãe Educadora, Infalível e Sobrenatural
II. A Igreja é Visível e Una
III. A Igreja é Hierárquica
IV. Controvérsias dentro da Igreja

«Nas Sagradas Escrituras devemos buscar a verdade, e não a eloqüência. Todo livro sagrado deve ser lido com o mesmo espírito que o ditou. Nas Escrituras devemos antes buscar nosso proveito que a sutileza da linguagem. Tão grata nos deve ser a leitura dos livros simples e piedosos, como a dos sublimes e profundos. Não te mova a autoridade do escritor, se é ou não de grandes conhecimentos literários; ao contrário, lê com puro amor a verdade. Não procures saber quem o disse; mas considera o que se diz.

Os homens passam, mas a verdade do Senhor permanece eternamente. De vários modos nos fala Deus, sem acepção de pessoa. A nossa curiosidade nos embaraça, muitas vezes, na leitura das Escrituras; porque queremos compreender e discutir o que se devia passar singelamente. Se queres tirar proveito, lê com humildade, simplicidade e fé, sem cuidar jamais do renome de letrado. Pergunta de boa vontade e ouve calado as palavras dos santos; nem te desagradem as sentenças dos velhos, porque eles não falam sem razão.»

(A Imitação de Cristo, 1° livro, capítulo 5; de Tomás de Kempis)

 

1ª parte:

PEDRO, A PEDRA DA IGREJA

I. Pedro é a Rocha na qual a Igreja é Edificada

João 1,42 – Jesus da a Simão o nome “Kepha”, em Aramaico que literalmente significa “rocha”. Isso foi uma coisa extraordinária que Jesus fez, porque “rocha” nem era um nome no tempo de Jesus. Jesus fez isso, não para dar um nome estranho a Simão, mas para identificar sua nova função. Quando Deus troca o nome de uma pessoa, Ele troca sua função.

Gênesis 17,5; 32,28; II Reis 23,34; Atos 4,36; 9,4; 13,9 – Por exemplo, nestes versos, vemos que Deus troca o nome das seguintes pessoas e, como resultado, eles se tornam agentes especiais de Deus, na função que o novo nome significa: Abrão para Abraão; Jacó para Israel; Eliacim para Joaquim; José para Barnabé; Saulo para Paulo; etc...

II Samuel 22,2-3, 32, 47; 23,3; Salmo 18,2.31.46 [17,3.32.47]; 19,14 [18,15]; 28,1 [27,1]; 42,9 [41,10]; 62,2.6.7 [62,3.7-8]; 89,26 [88,27]; 94[93],22; 144,1-2 – Nestes versos, Deus também é chamado de “rocha”. Conseqüentemente, destes versos, os não-católicos argumentam que Deus – e não Pedro – é a rocha que Jesus está se referindo em Mateus 16,18. Este argumento, não somente ignora o sentido plano do aplicável texto, mas também assume que palavras usadas na Escritura, podem ter somente um sentido. Isto, é claro, não é verdade. Por exemplo:

I Coríntios 3,11 – Jesus é chamado o único fundamento, mas em Efésios 2,20, os Apóstolos são chamados de fundamento da Igreja. Similarmente, em I Pedro 2,25 e Hebreus 13,20, Jesus é designado como o Pastor do rebanho, assim como Ele mesmo declarou-Se em João 10,11.14; mas em Atos 20,28 e I Pedro 5,2-3, os Apóstolos também são designados como pastores do rebanho. Estes versos mostram que ali são múltiplas metáforas para a Igreja, e que palavras usadas pelos inspirados escritores das Escrituras, podem ter vários sentidos e serem aplicáveis a várias situações, ou pessoas, como neste exemplo. Os católicos concordam que Deus é chamado Rocha da Igreja, mas isso não significa que Ele não pode conferir esta distinção a Pedro e seus companheiros também, para facilitar a unidade que Ele deseja para a Igreja.

Mateus 16,18 – Jesus disse em Aramaico, tu és “Kepha” e sobre essa “Kepha” edificarei minha Igreja. Em Aramaico, “kepha” significa pedra sólida, e “evna” significa pequeno fragmento. Alguns não-católicos (protestantes) argumentam que, por causa da palavra grega rocha ser “petra”, “Petros” realmente significa “uma pequena pedra”, e consequentemente Jesus estaria tentando diminuir Pedro, bem após ter abençoado-o, chamando-o de pequena pedra. Isto é sem sentido no contesto da benção de Jesus a Pedro; Jesus estava falando aramaico e usou “Kepha”, não “evna”. Usando Petros para traduzir Kepha foi feito simplesmente para refletir o substantivo masculino de Pedro.

Mais ainda, se o tradutor quisesse identificar Pedro, como “pequena pedra”, ele usaria “lithos” como significando um “pequeno fragmento” em grego. Também, Petros e petra eram sinônimos no tempo que o Evangelho foi escrito, assim qualquer tentativa para distinguir as duas palavras são inconseqüentes. Por isso, Jesus chamou Pedro de pedra sólida, não pequeno fragmento, no qual Ele edificaria a Igreja (você nem precisa de Mateus 16,18 para provar que Pedro é a rocha, porque Jesus nomeou Simão como “Rocha” em João 1,42.

Mateus 16,17 – Para mais demonstrar que Jesus estava falando em Aramaico, Jesus diz Simão “Bar-Jona”. O uso de “Bar-Jona” prova que Jesus estava falando em aramaico. Em aramaico, “Bar” significa filho, e “Jona” significa João ou pomba (Espírito Santo). Veja Mateus 27,46 e Marcos 15,34 que dão outro exemplo de Jesus falando aramaico, como Ele pronunciou na forma rabínica o primeiro verso do Salmo 22[21] declarando-Se o Cristo, o Messias. Isto mostra que Jesus estava mesmo falando Aramaico, como os Judeus falavam naquele tempo.

Mateus 16,18 – Também, em citar “sobre esta rocha”, as Escrituras usam o grego “tautee tee”, o que significa sobre “esta” rocha; sobre “esta mesma” rocha; ou, sobre “esta mesmíssima” rocha. “Tautee tee” é um demonstrativo em grego, apontando Pedro, o sujeito da sentença (e não a sua confissão de fé como alguns anti-católicos argumentam) como a mesmíssima rocha sobre a qual Jesus edificaria Sua Igreja. O demonstrativo (“tautee”) geralmente refere-se ao seu antecedente mais próximo (que no caso, é “Petros”). Também, não há lugar algum na Escritura onde “fé” é designada como “rocha”.

Mateus 16,18-19 – Adicionando. Para argumentar que Jesus primeiro abençoa Pedro por ter recebido revelação divina do Pai, depois o diminui chamando-o de pequeno fragmento, e depois o enleva novamente, dando a ele as Chaves do Reino dos Céus, é inteiramente ilógico, e uma grossa manipulação do texto para negar a verdade da liderança de Pedro na Igreja. Isso é uma tripla bênção de Pedro – tu és abençoado, tu és a rocha sobre a qual Eu edificarei minha Igreja, e tu receberás as Chaves do Reino dos Céus (não: tu és abençoado por receber Revelação, mas tu és ainda um insignificante pequeno fragmento, e Eu ainda estou dando-te as Chaves do Reino dos Céus).

Mateus 16,18 – E ainda mais. Se Jesus estivesse se referindo a Si mesmo ou à fé proclamada por Pedro (e não ao próprio Pedro) como a Rocha na qual Ele próprio edificaria a Igreja, no mínimo Ele deveria ter dito: “Tu és Pedro, e sobre esta rocha que anunciastes, edificarei a minha Igreja”, ou “Tu és Pedro, e sobre esta rocha, que Sou Eu mesmo, edificarei a minha Igreja” ou então “Tu és Pedro, e sobre Mim mesmo, que Sou a Rocha, o qual tu declarastes ser o Cristo, edificarei a minha Igreja”. Mas não, Jesus se dirige a pessoa Pedro, declarando que Pedro mesmo é a rocha na qual edificaria Sua Igreja. “Tu és Rocha, e (como que declarando não somente a Pedro, mas também aos outros Apóstolos que estavam ao redor:) sobre esta rocha edificarei minha Igreja.” Jesus quis deixar bem claro aos outros Apóstolos que Pedro era a rocha na qual Ele edificaria a Igreja.

Mateus 16,18-19 – Pra replicar ainda mais o argumento protestante de que Jesus estava falando da confissão da fé de Pedro (não do próprio Pedro) baseado na revelação recebida. Os versos são claros, de que Jesus, após ter reconhecido que Pedro recebeu uma divina revelação, volta todo o discurso à pessoa de Pedro: «Bem-aventurado és “você”, Simão, por a carne nem o sangue terem revelado isto à “você”, mas meu Pai que está nos céus. E eu declaro a “você”: “Você” é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu darei a “você” as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.» Todo o discurso de Jesus se relaciona à pessoa de Pedro, não à sua confissão de fé.

Catecismo da Igreja Católica (CIC), § 881 – «Somente Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu em pedra de sua Igreja. Entregou-lhe as chaves da mesma, instituiu-o pastor de todo o rebanho. Porém, o múnus de ligar e desligar, que foi dado a Pedro, consta que também foi dado ao colégio dos apóstolos, unido a seu chefe." Este oficio pastoral de Pedro e dos outros Apóstolos faz parte dos fundamentos da Igreja e é continuado pelos Bispos sob o primado do Papa.»

Mateus 16,13 – Também, da perspectiva geográfica, Jesus renomeia Simão para rocha em Cesaréia de Filipe, próximo a uma massiva formação de rocha na qual Herodes construiu um templo a César. Jesus escolheu este estabelecimento para ainda mais enfatizar que Pedro era realmente a rocha na qual a Igreja seria construída.

Mateus 7,24 – E após designar Simão como a rocha da Igreja, Jesus, como o homem prudente, constrói Sua Casa sobre esta rocha (Pedro), não na areia, para que então a casa não caia.

Lucas 6,48 – A casa (a Igreja) edificada sobre a rocha (Pedro) não pode ser abalada pelas enchentes (o que representa as heresias, cismas e escândalos, que a Igreja enfrentou durante os últimos 2.000 anos). Ocorreram as enchentes, mas a Igreja ainda permanece na rocha sólida de fundação. Todo aquele que ouve as palavras de Jesus e as pratica, edifica sua casa sobre a rocha (Pedro).

Mateus 16,21 – É importante também notar que foi depois que Jesus estabeleceu Pedro como líder da Igreja que Ele começou a falar de Sua morte e partida. Isto é porque Jesus agora já apontou o Seu representante na Terra.

João 21,15-17 – Jesus perguntou Pedro se ele O ama “mais do que estes”, referindo aos outros Apóstolos. Jesus singulariza Pedro como o líder do colégio apostólico. Jesus seleciona Pedro para ser o pastor chefe dos Apóstolos quando Ele diz à Pedro: “apascenta os meus cordeiros”, “apascenta as minhas ovelhas”, “apascenta as minhas ovelhas”. Pedro irá pastorear a Igreja como representante de Jesus. Esta passagem reforça ainda mais o argumento de que Pedro é a pedra na qual a Igreja é edificada.

II. A Evidente Primazia de Pedro

Mateus 10,2-4; Marcos 3,16-19; Lucas 6,13-16; João 21,2; Atos 1,13 – A primazia de Pedro começa desde a lista dos doze Apóstolos. Este é um dos muitos exemplos onde Pedro é colocado como o primeiro. Do mesmo modo, em todos os eventos importantes, ele é o porta-voz do colégio apostólico.

Mateus à Apocalipse – Pedro é mencionado 152 vezes, e mesmo combinando os outros Apóstolos juntos, não chegam a somar a quantidade de Pedro, ficando com apenas 130 citações. Pedro também é sempre listado como o primeiro, exceto em I Coríntios 3,22 e Gálatas 2,9 (que são exceções óbvias à regra).

Mateus 8,14; Marcos 1,29; Lucas 4,38 – Foi na casa de Pedro que Jesus se estabeleceu durante Sua vida pública. Isso mostra que o Mestre quis ensinar mais a Pedro do que aos outros Apóstolos, ficando mais tempo com ele do que com qualquer outro discípulo.

Lucas 5,3 – Jesus ensina ao povo é da barca de Pedro, o que é uma metáfora para a Igreja Católica, de onde Ele continua a ensinar, e continuará até a consumação dos séculos, guiando Pedro e toda a Igreja.

Lucas 5,4-10 – Jesus indica Pedro como o líder da barca. Pedro é o capitão do navio – a Igreja –, liderando a pescaria de homens. Pedro é quem foi chamado pelo Divino Mestre para ser “pescador de homens”.

Mateus 14,28-29 – Somente Pedro teve a coragem de ir ao encontro de Jesus andando sobre as águas.

Mateus 16,16; Marcos 8,29; João 6,69 – Pedro é o primeiro dentre os Apóstolos a confessar a divindade de Jesus, que Ele é o Cristo, o Filho de Deus vivo.

Mateus 16,18 – Jesus diz edificar a Igreja apenas sobre Pedro, a rocha, mesmo que os outros Apóstolos, também sejam a fundação da Igreja.

Mateus 16,19 – Somente Pedro recebeu as chaves, o que representa autoridade sobre toda a Igreja. E mais tarde, Jesus conferiu o mesmo poder – “ligar e desligar” – aos outros Apóstolos, dando-lhes também o direito de exercerem da mesma autoridade de Pedro, “ligando e desligando” (Mateus 18,17-18; João 20,21-23). Assim Jesus mostra que Pedro é o Seu mais eminente representante na terra e que os Apóstolos têm de estar em comunhão com ele para exercerem a autoridade "ligar e desligar".

Mateus 17,1; Lucas 9,28-36 – Pedro é mencionado primeiro, seguido por Tiago e João, quando Jesus escolheu estes três para subirem a montanha e lá Se transfigurar diante deles. Somente Pedro falou com Jesus quando terminou a manifestação gloriosa de Jesus Cristo com Moisés e Elias, após o Eterno Pai ter ordenado ouvir a Jesus, ficando Tiago e João totalmente calados.

Marcos 5,37 – Aqui, Pedro é novamente mencionado primeiro, quando Jesus escolheu somente ele, Tiago e João para entrarem com Jesus onde a menina morta estava.

Marcos 14,33-38; Mateus 26,37-41 – Jesus escolheu somente Pedro, Tiago e João dentre os 12 Apóstolos para subir ao monte Getsêmani e acompanhá-Lo em Sua agonia aterradora. Pedro é novamente citado primeiro. E quando Jesus foi ter com os três Apóstolos, que estavam sonolentos, Ele se dirigiu somente a Pedro. Jesus está cobrando de Pedro, sobre suas ações, por causa de sua responsabilidade como o líder dos Apóstolos.

Mateus 18,21 – Estando os Apóstolos reunidos com Jesus, sempre é Pedro quem questiona o Mestre sobre os assuntos mais importantes, como neste caso, sobre a regra do perdão. Um dos vários exemplos da liderança de Pedro entre os Apóstolos. Jesus ensina a Pedro mais do que aos outros, e Pedro, por sua parte, deve confirmar o resto nos ensinamentos verdadeiros do Mestre.

Mateus 19,27; Marcos 10,28; Lucas 18,28 – Aqui, Pedro se mostra como o porta-voz e líder dos Apóstolos, questionando Jesus sobre a recompensa que receberiam os que deixam tudo para segui-Lo. Podemos ver as várias ocasiões onde Pedro é quem fala ao Mestre, sempre sendo a voz de todos os outros Apóstolos:

Marcos 11,21 – Foi Pedro, quem lembrou Jesus da figueira que Ele amaldiçoou dizendo que tinha ficado seca. Tirando de Jesus o grande exemplo do misterioso poder da fé e oração (22-24).

Lucas 8,45 – Segundo o Evangelho de Lucas, Pedro é singularizado dentre os Apóstolos quando Jesus perguntou quem tinha tocado-O no meio da multidão.

Lucas 12,41 – É Pedro quem questiona Jesus se a parábola que incentiva a vigilância era dirigida somente aos Apóstolos ou também a todos os outros discípulos. Questionar o Mestre é parte da formação de Pedro como o pastor chefe visível do rebanho na terra, enquanto Jesus está no Céu, até a Sua volta gloriosa.

João 6,68 – Depois de muitos discípulos terem ido embora – para não mais seguir Jesus – por não terem aceitado a verdade do discurso “muito duro” de Jesus sobre a Eucaristia ser Seu Corpo e Seu Sangue, Jesus se dirigiu aos Apóstolos perguntando-os se eles também deixariam de segui-Lo, e é Pedro, o príncipe e porta-voz de todos os Apóstolos e discípulos fieis – toda a Igreja –, quem se põe a frente e responde com firme fé: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.”. Assim, Pedro está exercendo a sua obrigação, de confirmar a Igreja na doutrina santa de Jesus.

João 13,6-9 – Somente Pedro questionou a humilhação de Jesus sobre lavar os pés dos Apóstolos e os seus também. Novamente, sempre Pedro questionando o Mestre e aprendendo os mistérios do reino.

Marcos 16,7 – Após a ressurreição de Jesus, Pedro é destacado por um Anjo como o líder dos Apóstolos. O Anjo manda Maria Madalena ir avisar aos discípulos de Jesus, principalmente Pedro.

João 20,2 – Maria Madalena correu para avisar a Pedro, antes dos outros Apóstolos, e João estando com ele, também soube do acontecido.

João 20,3-8; Lucas 24:12 – Assim dispararam a correr em direção do sepulcro do Mestre. E como João era mais jovem, era também mais veloz, chegou primeiro ao sepulcro. E como sabia perfeitamente que Pedro era o líder da Igreja, respeitou a sua preferência em entrar primeiro no sepulcro, esperando-o chegar e entrar após ele.

Lucas 8,51; 9,28; 22,8; Atos 1,13; 3,1.3.11; 4,13.19; 8,14 – Pedro é sempre mencionado antes de João, o discípulo a quem Jesus amava.

Lucas 24,33-34; I Coríntios 15,4-5 – Pedro é reconhecido como o primeiro dentre os Apóstolos a ver o Senhor Jesus ressuscitado, mesmo que essa aparição tenha sido demasiada misteriosa e não tenha sido relatada na Bíblia. Jesus “Apareceu a Kepha, e em seguida aos doze.”.

João 21,1-3 – Aqui, novamente Pedro é mencionado primeiro no verso 2. E nessa hora, quando Jesus não estava junto deles, Pedro disse aos outros Apóstolos que estavam reunidos com ele, que iria pesca, e os outros quiseram ir com ele. Isso mostra mais uma vez a liderança de Pedro na pesca e a comunhão que deve haver entre os Apóstolos e o seu Príncipe (Pedro), estando todos a pescar e a navegar na barca de Pedro – metáfora para Igreja Católica.

João 21,4-8 – Com a manifestação de Jesus aos Apóstolos que estavam pescando, João – o discípulo que Jesus amava – reconheceu primeiro que era Jesus quem falava da praia, e disse o mais rápido possível a Pedro. Novamente, João mostra seu respeito para com o líder da Igreja. E certamente, Pedro não viu que era o Senhor primeiro, por estar ocupado com as redes cheias de peixes. Quando Pedro ouviu de João que era o Senhor, lançou-se ao mar e disparou ao encontro de Jesus. Somente ele foi ao encontro de Jesus antecipadamente.

João 21,9-11 – E assim como em todos os quatro Evangelhos, no final da pesca, é evidenciada novamente a primazia de Pedro e sua liderança na pesca. Jesus pede aos discípulos, “Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes!”, e Pedro lidera o final da pesca, puxando ele mesmo a rede cheia de cento e cinqüenta e três peixes grandes.

João 21,15-17 – Jesus conhecia o amor que Pedro tinha por Ele. Por isso pergunta-o se O ama mais do que os outros Apóstolos, e isso por três vezes, na frente destes mesmos Apóstolos. Em réplica à reposta afirmativa de Pedro, Jesus indica-o como o Seu maior representante na terra. Sabendo Jesus que tinha apenas um pouco mais de tempo até voltar ao Eterno Pai, mais uma vez Ele manda Pedro cuidar de toda a Sua Igreja, apascentar todo o seu rebanho, cordeiros e ovelhas, apóstolos e discípulos, bispos, sacerdotes e leigos: “Apascenta os meus cordeiros”, “Apascenta as minhas ovelhas”, “Apascenta as minhas ovelhas”. Que sublime ordenança do Senhor! Na presença dos próprios Apóstolos, Jesus ordena a Pedro a ser o supremo pastor e cabeça visível da Igreja na terra, enquanto Ele está nos céus, até a sua segunda vinda, para julgar o mundo. Pedro é a cabeça visível da Igreja, ocupando o cargo de Jesus como supremo pastor.

CIC, §552 – «No colégio dos Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar. Jesus confiou-lhe uma missão única. Graças a uma revelação vinda do Pai, Pedro havia confessado: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16). Nosso Senhor lhe declara na ocasião: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as Portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela" (Mt 16,18). Cristo, "Pedra viva"; garante a sua Igreja construída sobre Pedro a vitória sobre as potências de morte. Pedro, em razão da fé por ele confessada, permanecerá como a rocha inabalável da Igreja. Terá por missão defender esta fé de todo desfalecimento e confirmar nela seus irmãos.»

João 13,36; 21,18-19 – Jesus indica a Pedro o modo que haveria de morrer e glorificar a Deus por seu martírio. Pedro foi condenado à morte de cruz, assim como Jesus, mas pediu aos carrascos para o crucificarem de cabeça virada para baixo, por não se achar digno de morrer como o Divino Mestre. Isto aconteceu em Roma no ano 67. Assim foi o fim glorioso do primeiro Papa da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana. E sucessivamente, as primeiras duas dezenas e meia dos seus sucessores, foram também martirizadas.

Atos 1,13-14 – Pedro é mencionado primeiro dentre os Apóstolos após a Ascensão de Jesus aos céus. Pedro lidera o grupo em unânime perseverança na oração.

Atos 1,15-17.21-26 – Pedro, como o líder, levanta-se entre os Apóstolos para propor a eleição de um novo Apóstolo para ocupar o lugar de Judas Iscariótes. É claro que Jesus não escolheu o novo Apóstolo enquanto estava com eles após a ressurreição para deixar que a Sua Igreja o fizesse, com a autoridade que recebera Dele mesmo. Ainda mais, se a Igreja precisou de um sucessor para Judas, não precisaria de um para Pedro?

Atos 2,14 – Após a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos no Pentecostes, Pedro – novamente como o mais eminente Vigário de Cristo –, atua como o líder dos Apóstolos, pondo-se à frente deles e pregando ao povo que se aglomerava e admirava a manifestação do Espírito Santo. Pedro é o primeiro a pregar o Evangelho ao povo após a Paixão, Ascensão e Pentecostes.

Atos 2,15-21 – Na pregação, Pedro interpreta o acontecimento divino como sendo o cumprimento das Sagradas Profecias do Profeta Joel, que foi predito no Antigo Testamento (Joel 3).

Atos 2,24-35 – Continuando o divino discurso, Pedro interpreta a predição que Davi fez em dois Salmos, como sendo relacionadas à Ressurreição de Jesus Cristo dos mortos.

Atos 2,36 – Ao fim, Pedro declara a toda a casa de Israel que Jesus é Senhor e Cristo. Se Pedro ensinou e interpretou as Sagradas Escrituras infalivelmente, por que não o fariam os seus sucessores?

Atos 2,37-38 – O povo que foi movido no coração pelo Espírito Santo com a pregação infalível de Pedro, o reconheceu como o chefe dos Apóstolos. O autor do livro “Atos dos Apóstolos” – Lucas – também continua a indicar Pedro como o líder da Igreja.

Atos 2,38 – Pedro ensina que para remissão dos pecados é necessário o batismo, e assim é recebido o dom do Espírito Santo. Se Pedro ensinou infalivelmente sobre a necessidade do batismo para a salvação e receber o dom do Espírito Santo (sendo isso relatado na Bíblia), porque os protestantes não aceitam esta mesma doutrina santa ensinada por dois mil anos pela Igreja Católica?

Atos 3,1-7 – Pedro é mencionado primeiro – antes de João – por três vezes. Pedro é o primeiro dentre os Apóstolos a operar um milagre de cura após Pentecostes.

Atos 3,12-16; 4,9-10 – Pedro se põe a frente de João para proclamar a cura milagrosa em Nome de Jesus.

Atos 3,17-18 – Pedro discerniu que os homens de Israel entregaram Jesus à morte por ignorância, cumprindo assim o que Deus tinha anunciado pelos Profetas, de que o Cristo devia padecer.

Atos 3,21-26 – Pedro novamente interpreta infalivelmente as Sagradas Escrituras.

Atos 4,7-8 – Pedro é o que se põe à frente novamente, cheio do Espírito Santo, para responder aos “chefes do povo”. Agora, Pedro é o “chefe do povo” da Nova e Eterna Aliança, juntamente com os bispos em comunhão com ele, assistidos pelos presbíteros.

Atos 4,11-12 – Pedro interpreta as Escrituras que dizem sobre a Pedra angular ter sido rejeitada pelos edificadores, declarando que essa Pedra Angular é Cristo Jesus; e frente aos judeus, (Pedro é primeiro que) ensinou que não há salvação em nenhum outro.

Atos 4,19-20 – Novamente, Pedro é mencionado antes de João, para responder aos chefes do povo que estavam ordenando-os que não mais se pregasse o Evangelho em Nome de Jesus.

Atos 5,3-11 – Pedro declara o primeiro anátema da Igreja, em Ananias e sua mulher Safira, sendo confirmado por Deus, que os entregou à morte instantânea. Pedro exerce sua autoridade “ligar e desligar”.

Atos 5,15 – Deus também confirma que Sua vontade é que Pedro deve ser o líder, curando os enfermos até mesmo por sua sombra.

Atos 5,29 – Com a segunda prisão dos Apóstolos, Pedro é colocado à frente dos outros para ser o porta-vos de todos diante do Grande Conselho.

Atos 8,14-17 – Pedro é mencionado antes de João ao irem conferir o sacramento da Confirmação aos cristãos de Samaria.

Atos 9,36-40 – Pedro é o primeiro Apóstolo a ressuscitar uma pessoa dos mortos.

Atos 10,4-6 – O Anjo do Senhor mandou Cornélio chamar a Pedro, para conhecer o Evangelho, e a nenhum outro Apóstolo.

Atos 10,19-23 – Enquanto meditava sobre a visão que teve, Pedro é avisado pelo Espírito Santo para ir com os homens que o procuravam. Esses homens não são judeus, e por isso o Espírito teve de mandar Pedro ir com eles sem hesitar, pois, os Apóstolos ainda não sabiam que a mensagem da salvação era para os gentios também, e a tradição antiga mandava não misturar-se com os gentios.

Atos 10,34-48 – Pedro é quem recebeu a divina revelação sobre a salvação também ser concedida aos gentios. E é Pedro mesmo o primeiro a pregar o Evangelho da salvação aos gentios.

Atos 11,2-3 – Os judeus convertidos, que ainda não sabiam que a salvação era também para os gentios, repreenderam Pedro por ter entrado na casa de incircuncisos. Isso mostra que os fieis reconheciam a autoridade máxima de Pedro e que ele devia dar o mais excelente exemplo.

Atos 11,18 – Esses cristãos da circuncisão, que tinham repreendido Pedro, depois de terem ouvido a sua explicação do acontecido, acataram com alegria a revelação que Deus fez à Igreja por meio de Pedro: que a mensagem da salvação era dada também aos pagãos.

Atos 12,5 – Esse verso mostra com que amor e fervor toda a Igreja, desde o início, reza sem cessar por Pedro, o Papa.

Atos 15,7-12 – Pedro resolve o primeiro assunto doutrinal no primeiro Concílio da Igreja, em Jerusalém, sobre a circuncisão, e ninguém o questionou, até mesmo os muitos judeus, que eram a favor da circuncisão, não abriram a boca para discutirem mais.

Atos 15,12 – Só depois que Pedro (o Papa) acabou de falar, é que Paulo e Barnabé (também bispos) começaram a falar sem temor. Este verso mostra a autoridade de Pedro sobre todos os outros bispos, porque ninguém mais ousou discutir o assunto novamente.

Atos 15,13-21 – Em seguida, Tiago fala para ainda mais reconhecer o decreto definitivo de Pedro, e sugerir que pelo menos se escrevesse uma carta aos gentios para se absterem das carnes oferecidas aos ídolos, o que todos concordaram.

I Coríntios 9,5 – Paulo destaca o nome de Pedro do resto dos Apóstolos. Aqui Paulo escreve o nome de Pedro em aramaico “Kepha”, o que literalmente significa rocha.

Gálatas 1,18 – No terceiro ano de seu apostolado, Paulo subiu a Jerusalém especialmente para conhecer Pedro (Kepha), o líder da Igreja, e ficou com ele quinze dias.

Gálatas 2,7-8 – Paulo destaca Pedro como o chefe dos doze Apóstolos.

Gálatas 2,9 – “Tiago e “Kepha” e João, que são considerados as colunas,” Paulo escreve o nome de Pedro (Kepha) entre os nomes de Tiago e João, mostrando que ele (Pedro) é a rocha central e principal coluna da Igreja.

I Pedro 5,13 – Alguns protestantes discutem contra o Papado tentando provar que Pedro nunca esteve em Roma. Primeiro, este argumento é irrelevante, porque a instituição do Papado por Jesus não depende disso. Segundo, este verso demonstra que, de fato, Pedro esteve em Roma. Pedro escreve “A igreja escolhida de ‘Babilônia’ saúda-vos,” o que prova que ele estava em Roma quando escreveu esta Epístola. Babilônia era um codinome para Roma. Roma era a “Grande Cidade”, a “Babilônia” daquele período. Por Roma ser considerada o centro do mundo naquele tempo, o Senhor quis que a cátedra de Sua Igreja fosse estabelecida lá, porque assim como Ele venceu o mundo, quis que Sua Igreja também vencesse (João 16,33). A Igreja Católica, com o sangue de milhares de seus santos mártires, incluindo mais de 20 Papas, venceu o império romano, a Grande Babilônia que deveria cair (Apocalipse 18,10.19). Os protestantes têm que passar por cima do orgulho e reconhecer essa verdade histórica e parar de inventas mentiras.

II Pedro 1,13-15 – Pedro diz ter a obrigação de exortar a Igreja e mantê-la vigilante (verso 13). Enquanto que nos versos 14 e 15, ele diz que em breve teria de deixar o seu “tabernáculo” (ele está se referindo à sua função como o supremo pastor da Igreja), e que providenciaria um seu sucessor para continuar a exortar e pastorear a Igreja depois de sua morte.

II Pedro 3,16 – Pedro está fazendo um julgamento sobre “interpretação própria” das cartas de Paulo e das demais Escrituras, nas quais contém “passagens difíceis de entender”. Pedro é o pastor chefe da Igreja e não admite interpretações pessoais com deturpações das Sagradas Escrituras, contrárias aos sentidos reais que as Sagradas Letras apresentam e que o Magistério da Igreja interpreta.

Mateus 20,27; 23,11 – E Pedro, o Papa, é servo dos servos de Deus.

 

III. Pedro tem as Chaves de Autoridade sobre o Reino na Terra, a Igreja

II Samuel 7,16; Salmo 89,3-4 [88,4-5]; I Crônicas 17,12-14 – Deus promete estabelecer o Reino de Jesus (Davi) para sempre na terra.

Mateus 1,1 – Mateus claramente estabelece esta ligação de Davi à Jesus. Jesus é o novo Rei da nova Casa de Davi, e o Rei irá designar um chefe administrador para governar sobre a casa até a Sua volta.

Lucas 1,32 – A anjo Gabriel anuncia à Maria que ao seu Filho (Jesus) seria dado o “trono de Seu pai Davi.”.

Mateus 16,19 – Jesus dá a Pedro as “Chaves do Reino dos Céus”. Enquanto a maioria dos Protestantes argumentam que o Reino dos Céus que Jesus estava falando é o eterno estado de glória (como se Pedro estivesse lá no Céu deixando as pessoas entrarem), o Reino dos Céus que Jesus está falando aqui se refere à Igreja na Terra. Usando o termo “chaves”, Jesus estava referindo Isaías 22 (que é o único lugar na Bíblia onde “chaves” é usado num contexto de um reino).

Isaias 22,22 – No antigo reino de Davi, quando reinava seu sucessor e filho, Salomão, este havia instituído um ofício de “prefeito do palácio”. Este ministro principal possuía autoridade sobre todos os chefes e anciãos.

Apocalipse 1,18; 3,7; 9,1; 20,1 – As “chaves” incontestáveis de Jesus representam autoridade. Mas usando a palavra “chaves,” Jesus dá a Pedro autoridade na Terra sobre o novo Reino de Davi, e isso não foi seriamente questionado por ninguém até a reforma Protestante 1.500 anos após o outorgamento de Pedro.

Mateus 16,19 – O que Pedro ligar ou desligar na Terra é ligado ou desligado no Céu / quando o Principal Ministro abre ao Rei, ninguém fecha. Essa autoridade “ligar e desligar” permite ao possuidor das chaves estabelecer decretos, ou regras de conduta para os membros do reino que ele serve. As “chaves” de Pedro se encaixam nas “portas” do Hades, o qual também representa autoridade pastoral sobre as almas.

Mateus 23,2-4 – A terminologia “ligar e desligar” usada por Jesus foi entendida pelo povo Judeu. Por exemplo, Jesus disse que os Fariseus “atam” fardos pesados. Pedro e os Apóstolos têm a nova autoridade de atar e desatar sobre o Reino da Nova Aliança, a Igreja.

CIC, §882 – «O Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro, "é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis." "Com efeito, o Pontífice Romano, em virtude de seu múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja, possui na Igreja poder pleno, supremo e universal. E ele pode exercer sempre livremente este seu poder.»

Mateus 13,24-52 – Jesus, compara o Reino dos Céus às dez virgens, cinco delas eram tolas. De longe mostra que o Reino é a Igreja na Terra. Este Reino não se refere ao paraíso, porque não há tolos lá no Céu.

Marcos 4,26-32 – Novamente, o “Reino de Deus” é como a semente que cresce e se desenvolve. O Reino Celeste é eterno, então o Reino ao qual Pedro guarda as chaves de autoridade, é a Igreja militante.

Lucas 9,27 – Jesus diz que ali estavam quem não provariam a morte antes que eles vissem o “Reino de Deus”. Esse Reino refere-se ao Reino de Cristo na Terra, o qual Jesus estabeleceu por Sua morte e ressurreição na Terra.

Lucas 13,19-20 – Novamente, Jesus diz o Reino de Deus é como uma semente de mostarda que cresce até virar uma árvore. Isto refere-se à Igreja terreno a qual se desenvolve através dos tempos, de uma bolinha a uma árvore de hortaliça (não ao celestial estado de glória o qual é imutável e infinito).

Mateus 12,28; Marcos 1,15; Lucas 11,20; 17,21 – Estes versos fornecem mais exemplos do “Reino de Deus” como o reino na Terra, o qual está no nosso meio.

I Crônicas 28,5 – Salomão senta no trono do Reino do Senhor. Isso mostra que o “Reino de Deus” usualmente significa um reino na terra.

Mateus 17,24-25 – O coletor de impostos reconhece Pedro como o representante de seu Mestre (Jesus), abordando-o sobre Jesus ter de pagar o imposto ou não. Pedro é o Vigário de Cristo e têm a Sua autoridade.

Mateus 17,26[27] – Jesus mandou Pedro pescar um peixe que deveria ter um estartere na sua boca para pagar o imposto por ambos. Com isso, Jesus mostra que Pedro é o Seu representante na terra.

Lucas 12,42-44; Mateus 24,45-47 – Após Pedro questionar Jesus sobre a parábola, ele recebe uma resposta quase que enigmática de Jesus. O divino Mestre aponta para Pedro, que ele mesmo (Pedro) é o servo a quem Ele (Jesus) constituiu com Sua autoridade sobre toda a Sua Casa, a Igreja.

Lucas 22,31 – Jesus, após ter instituído os santíssimos sacramentos da Eucaristia e da Ordem, dirigiu algumas palavras a todos os Apóstolos e logo em seguida, dirigiu-Se a Pedro sozinho, dizendo que satanás teria desejado a queda de Pedro, o desfalecimento de sua fé. Vemos assim que satanás sabe da importância de Pedro como o líder da Igreja, como representante de Cristo, e que com sua queda, toda a Igreja também haveria de cair, pois não haveria mais unidade.

Lucas 22,32 – Logo em seguida, é claro que também Jesus confirma a importância da liderança de Pedro sobre a Igreja, como Seu mais alto Vigário, dizendo que rogou por ele, para que a sua fé não desfaleça e então venha a confirmar os seus irmãos – toda a Igreja. É claro que a oração de Jesus é de eficácia imediata e permanente. O Papa não pode desfalecer e ensinar algum erro em questões de Fé e Moral.

Mateus 26,31-32 – Jesus, como o Pastor, após ser ferido na Santa Paixão, deveria ressurgir e continuar a apascentar o rebanho. Mas 50 dias após a Sua ressurreição, Jesus deveria subir ao Céu, o que O impediria de estar visivelmente como o Pastor e Cabeça visível da Igreja aqui na Terra.

João 21,15-17 – E por isso, Jesus aponta Pedro como o Seu substituto, para ser o supremo pastor de Seu rebanho. Pedro é revestido por Jesus de Sua autoridade, para governar sobre toda a Igreja e apascentar o rebanho.

Lucas 12,41-44 – Quando Pedro perguntou Jesus se a parábola do senhor e os servos vigilantes era dirigida somente a eles (os Apóstolos) ou para todo o povo, Jesus replicou a Pedro, apontando-o (a Pedro) como sendo o administrador chefe que o Senhor constituiu sobre os operários. É Pedro, o servo a quem o Senhor “confiou-lhe todos os seus bens.”.

Marcos 13,34 – Aqui, novamente Jesus indica que delegou de Sua autoridade aos seus servos, e que colocou um porteiro (o Papa) sobre eles, a vigiar Sua volta. É Pedro quem está sobre a Casa de Deus até a segunda vinda de Jesus. Veja também Mateus 24,45-47. Estas parábolas indicam claramente que Jesus estabeleceu um líder sobre toda a Sua Igreja. Esse líder recebe de Jesus o poder para reger todas as nações com cetro de ferro, assim como Ele (Jesus) recebeu tal poder do Pai (Apocalipse 2,26-28).

Atos 15,7-12 – É Pedro quem resolve o primeiro assunto doutrinal da Igreja e todos ficam de acorde com o seu decreto. Vemos também a necessidade de ter um líder acima de todos os outros, para facilitar a unidade, pois, havia muitos anciãos (líderes da Igreja: bispos e/ou presbíteros) que ainda eram discordantes uns dos outros; uns a favor da circuncisão e outros não. O que aconteceria se não tivesse um líder acima de todos? Caos e divisões, e os próprios apóstolos estariam discordantes uns dos outros.

Atos 8,20-23 – Pedro lançou anátema em Simão (o ex-mágico) por ter oferecido dinheiro para ter o poder e autoridade que os Apóstolos tinham e exerciam. E ainda vemos que em resposta, este Simão (o ex-mágico) pediu a Pedro para rogar ao Senhor por ele; ou seja, para retirar o anátema. Pedro exerce sua autoridade “ligar e desligar” com as chaves que recebeu de Cristo, e Simão reconhece essa sua autoridade.


2ª parte:

A SUCESSÃO APOSTÓLICA

I. Os Líderes Ordenados Participam do Ministério e Autoridade de Jesus

Isaías 61,5-6 – Muitos séculos antes de Cristo vir ao mundo, Isaías foi inspirado a escrever Suas Palavras, profetizando sobre a autoridade que os Apóstolos receberiam Dele, tornando-os “sacerdotes do Senhor”, “ministros de Deus”. Deus prometeu a Davi que “revestiria de salvação os sacerdotes” do seu Ungido (Jesus) (Salmo 132[131],16). Isso significa que os sacerdotes têm autoridade no ministério de Jesus Sumo Sacerdote.

Lucas 4,16-21 – Jesus confirma isso, dizendo que a profecia que está em Isaías 61 se cumpriu em Sua Pessoa. Por tanto, as palavras que Isaías escreve no capítulo 61, são do próprio Cristo, dirigidas aos seus sacerdotes ministeriais.

Mateus 10,1; Marcos 3,14-15; 6,7.12-13; Lucas 9,1-2; 10,3.9 – Livremente, Jesus concede de Sua autoridade aos Seus Apóstolos, enviando-os para pregar o Reino de Deus, atuando com o Seu poder, curando os enfermos e expulsando os demônios.

Lucas 10,19 – Jesus concede este poder, não somente aos bispos, mas também aos presbíteros (também sacerdotes ordenados). Eles possuem autoridade de Jesus sobre o sobrenatural, o “poder para pisar serpentes, escorpiões e todo o poder do inimigo.”.

Mateus 16,19; 18,18 – Aos Apóstolos é dada a autoridade de Cristo (é Jesus mesmo quem lhes confere essa autoridade e poder) para tomarem decisões com atos visíveis na terra e que serão ratificados no Céu. Deus eleva a humanidade em Cristo, exaltando os Seus escolhidos a serem líderes da Igreja e beneficiando-os com a autoridade e dom que eles precisam para trazer a conversão e salvação ao Seu povo. Sem uma autoridade central e elevada na Igreja, haveria caos e total confusão, sem unidade de fé e moral (como há no Protestantismo).

Compêndio do CIC (C.CIC), §109 – «No Reino, que autoridade Jesus confere a seus Apóstolos? – Jesus escolhe os Doze, futuras testemunhas da sua Ressurreição, e os faz partícipes da sua missão e da sua autoridade para ensinar, absolver os pecados, edificar e reger a Igreja. Nesse colégio, Pedro recebe "as chaves do Reino" (Mt 16,19) e ocupa o primeiro lugar, com a missão de guardar a fé na sua integridade e de confirmar os seus irmãos.»

Lucas 12,32; 22,29 – Assim como o Pai deu o reino ao Filho, o Filho deu o reino aos Seus Apóstolos. O Dom é transferido do Pai para o Filho, e do Filho para os Apóstolos. Este é o agrado do Pai.

Números 16,28 – A autoridade do Pai é transferida para Moisés. Moisés não fala e nem faz nada por ele mesmo; é Deus quem faz e fala através dele. Isso é uma real transferência de autoridade.

João 5,30 – Similarmente, Jesus – como Filho Homem – não faz nada por Si mesmo, mas faz e ensina sob a autoridade do Pai, que O enviou.

João 7,16-17; 12,49 – Jesus declara que Seus ensinamentos e as obras que realiza, não provêem de Si mesmo, mas de Deus Pai. Isso é uma verdadeira transferência de autoridade divina. Essa autoridade, Jesus transfere aos Seus Apóstolos.

João 8,28-29; 14,10 – Jesus diz que não faz nada por Sua própria autoridade, e que Deus está com Ele. Do mesmo modo, os Apóstolos não fazem nada por sua própria autoridade. A autoridade dos bispos vem de Deus, por Jesus Cristo, pela graça do Espírito Santo. Eles não “ligam e desligam” e nem ensinam por si mesmos, mas é Jesus quem ensina, “liga e desliga” por meio deles.

João 13,20 – Jesus diz, “Quem recebe aquele que Eu enviar, recebe a Mim.”. Quem recebe os Apóstolos, recebe o próprio Cristo. A palavra “apóstolo” significa “enviado”. Os bispos e presbíteros são operários da grande messe do Senhor (Mateus 9,37-38; 20,1; Lucas 10,2).

C.CIC, §328 – «Qual é o efeito da Ordenação presbiteral? - A unção do Espírito marca o presbítero comum com um caráter espiritual indelével, configura-o a Cristo sacerdote e o torna capaz de agir no Nome de Cristo Cabeça. Sendo cooperador da Ordem episcopal, ele é consagrado para pregar o Evangelho, para celebrar o culto divino, sobretudo a Eucaristia de que tira força o seu ministério, e para ser o pastor dos fiéis.»

João 16,12-15 – O Pai transfere Sua autoridade para Seu Filho, e o Filho transfere essa autoridade aos Apóstolos, pelo Espírito Santo Paráclito, o qual guiará os Apóstolos em toda a Verdade. Toda a autoridade vem de Deus Pai. O Filho recebe o que é do Pai e o Espírito Santo recebe o que é do Filho. Toda essa autoridade é dada aos bispos; eles não ensinam, ‘ligam e desligam’ por sua própria autoridade.

Mateus 28,18-20; Marcos 16,15-18; João 17,18; 20,21 – O Pai enviou o Filho e deu-lhe toda a autoridade no Céu e na Terra (glorificando-O após a ressurreição). O Filho envia os Apóstolos com Sua autoridade, do mesmo modo que foi enviado pelo Pai – Deus Todo-Poderoso. Os Apóstolos possuem a autoridade divina para ensinar as nações e fazer discípulos.

Atos 20,28 – Os Apóstolos são guardiões e pastores do rebanho que é confiado a cada um deles. Jesus é o Pastor e Guarda de nossas almas (I Pedro 2,25). Os Apóstolos, pela autoridade e poder recebidos (que provém do Pai ao Filho, do Filho aos Apóstolos, pelo Espírito Santo), participam do ministério e autoridade de Cristo.

II Coríntios 3,5-6 – Paulo diz que é Deus quem os fez aptos ministros da Nova Aliança. Isto se refere ao sacerdócio ministerial que Cristo lhes conferiu: “chamar-vos-ão sacerdotes do Senhor, de ministros de nosso Deus sereis qualificados.” (Isaías 61,6). Jesus é o autor da Nova e Eterna Aliança e, ao mesmo tempo, Ele mesmo é a Aliança entre Deus e os homens; mas Ele coloca administradores para levarem a graça da salvação desta Aliança Eterna ao redor do mundo.

Jeremias 23,1-8; Ezequiel 34,1-10; I Pedro 5,1-4 – Os pastores devem pastorear o rebanho de Cristo (o rebanho é confiado pelo Pai ao Filho, e o Filho confia o rebanho aos Seus Apóstolos). Os pastores serão cobrados no dia do juízo. Receberão a recompensa por terem sido bons pastores, ou o castigo por terem sido maus pastores. Eles são os operários da Messe do Senhor (Mateus 24,48-51; 7,23).


II. As Chaves de Pedro e Sucessão Papal

I Samuel 10,1; 16,12-14; 5,1-3; II Samuel 7,8 – Vemos aqui que o profeta do Senhor, Samuel, ungiu Saul rei de Israel, “chefe” da herança do Senhor. Saul não agradou o Senhor, desobedeceu ao profeta Samuel e por isso o Senhor mandou Samuel ungir Davi para ser o futuro rei de Israel, sucedendo a Saul. Todos os anciãos de Israel sagraram Davi como o novo rei/chefe de Israel. Vemos uma verdadeira sucessão.

II Samuel 7,12-15; Salmo 89,3-4 [88,4-5]; I Crônicas 17,12-14 – Deus promete a Davi que lhe suscitaria um descendente para ser seu sucessor e que Ele mesmo (Deus) firmaria o seu reino para sempre. Esse descendente/sucessor de Davi construiria um templo para o Senhor, e o Senhor promete que não lhe tiraria a Sua graça, como o fez a Saul, mesmo se ele cometesse alguma falta.

I Reis 1,38-39.45-48 – Vemos que Salomão, filho de Davi, foi consagrado sucessor de seu pai, conforme o Senhor tinha prometido. “Salomão sentou-se no trono de Davi, seu pai, e seu reino foi solidamente estabelecido.” Conforme a promessa do Senhor Deus a Davi.

I Reis 6,1; 8,20; 6,11-13; 9,4-9 – Salomão construiu um templo para o Senhor, conforme o Senhor tinha dito a Davi. O Senhor disse a Salomão que cumpriria nele (Salomão) a promessa que tinha feito a Davi, de que não faltaria jamais um descente para Davi e que seu trono se firmaria para sempre, se ele (Salomão) colocasse em prática as suas ordens, obedecendo, praticando e observando os Seus mandamentos, leis e preceitos. / I Reis 11 – Mas Salomão se desviou das ordens do Senhor, com isso o Senhor já estava livre de cumprir as Suas promessas na pessoa de Salomão e assim por diante com os seus sucessores, pois Salomão não seguiu os mandamentos e preceitos do Senhor. Por tanto, daqui para frente já não há um descendente de Davi, como seu sucessor, sentando em seu trono e governando sobre todo o Israel, ficando o reino dividido (11,31).

I Reis 11,39; Amós 9,11; Lucas 1,32; Atos 15,14-18 – Mas Deus disse que não humilharia para sempre a descendência de Davi; e também disse pelo profeta Amós que reedificaria “o tabernáculo de Davi”. Ora, os Apóstolos compreenderam claramente que isso se cumpriu em Jesus, descendente de Davi. A partir de agora, todas as promessas e predições que o Senhor fez a Davi, se cumpririam em Jesus Cristo.

Isaias 22,15-23 – No antigo reino de Davi, Eliacim sucedeu Sobna como o administrador chefe do palácio de Salomão (II Reis 18,18.37; 19,2) para governar na casa de Deus. No reino deve ser empregado um mecanismo de sucessão soberana para que subsista o cargo de “prefeito do palácio”. Assim como Deus “reedificou o tabernáculo de Davi”, colocando Jesus em seu trono; Jesus também “reedificou o tabernáculo” de “prefeito do palácio”, apontando Pedro para esse cargo.

Isaias 22,15-19 – Sobna é descrito como tendo um “ofício”, um “posto”. Para este ofício continuar sendo um ofício, tem que ter sucessores. Para que um reino dure, é necessário um sucessor representativo. Esse foi o caso do Reino da Antiga Aliança, e esse é o caso no Reino da Nova Aliança que cumpri a Antiga Aliança. Jesus Nosso Reino está no Céu, mas Ele apontou um chefe sobre o governo de Sua casa com um plano para uma sucessão de representantes.

Isaías 22,16 – Olhando essa profecia em segundo plano, assim como o vimos acima as profecias que se referia a Davi, seu reino e sua descendência, tudo se cumprindo em Jesus, devemos ver Jesus no lugar de Sobna, e no lugar de Eliacim, devemos ver Pedro. Neste verso vemos Deus se dirigindo a Sobna (Jesus), e Ele diz: “Vai ter com esse ministro...” “que talha para si uma morada na rocha”. Incrível, não? Assim como nas profecias e predições que Deus fez a Davi, que se cumprem em Cristo; devemos ver também nessa profecia, uma alegoria indicando Pedro, a “rocha” na qual Jesus edifica a Igreja.

Isaías 22,15-19 – Nestes versos devemos ver a fúria da justiça divina descendo sobre Jesus na Paixão. Jesus é “Aquele que não conheceu o pecado, [mas] Deus O fez pecado por nós” (II Coríntios 5,21). Nos versos 19 e 20, Deus diz que depô-lo-ia (a Jesus) de Seu cargo, arrancando-O de seu assento e colocar Eliacim (Pedro).

Isaías 22,21 – Pedro seria colocado no “posto de Jesus”, como pastor chefe de todo o rebanho. Pedro e seus sucessores são revestidos com a autoridade de Cristo. O Papa é o “Vigário de Cristo”.

Ezequiel 34,23; 37,24 – Davi, ou seja, Jesus, deverá ser o único pastor para o único rebanho. Mas Jesus subiu aos céus e, antes disto, teve de apontar um homem que seria Seu sucessor representativo, governando sobre o Seu reino na terra, sendo o pastor visível do rebanho (João 10,16; João 21,15-17).

C.CIC, §182 – «Qual é a missão do papa? – O papa, bispo de Roma e sucessor de São Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade da Igreja. É o vigário de Cristo, chefe do Colégio dos bispos e pastor de toda a Igreja, sobre a qual tem, por divina instituição, poder pleno, supremo, imediato e universal.»

Jeremias 33,17 – Jeremias profetizou que jamais faltará um sucessor a Davi para ocupar o trono da Casa de Israel. Ou essa profecia se cumpre na Igreja Católica com a sucessão papal – Pedro e seus sucessores; ou essa profecia é falsa e não há um sucessor representativo para Davi (Jesus) por toda a história.

Daniel 2,44 – Daniel profetizou que o reino do Messias (Jesus) nunca será destruído. Ou isso é uma falsa profecia, ou esse reino requer sucessão para que não seja dividido e nem tenha fim (Lucas 1,33) como aconteceu após o reinado de Salomão no Antigo Testamento.

Isaias 22,21 – Eliacim (Pedro) seria um “pai” (“Papa”) para o povo de Deus. A palavra Papa é usada pelos católicos para descrever o chefe governante do reino de Cristo. A palavra italiana “Papa” significa “Pai”. Por isso os católicos chamam o líder da Igreja “Papa”. O Papa é o pai do povo de Deus, o chefe governante do reino e o representante de Cristo na terra.

Isaias 22,22 – Vemos que as chaves do reino passam de Sobna (Jesus) para Eliacim (Pedro). Assim, as chaves são usadas não somente como um símbolo de autoridade sobre o reino, mas também para facilitar a sucessão. As chaves do Reino de Cristo passaram de Pedro para Lino (primeiro sucessor de Pedro), e assim por diante até ao nosso atual Papa, com uma autêntica sucessão por quase 2.000 anos. O papa tem autoridade sobre o reino: “dele estão pendentes todos os membros... os ramos principais e os ramos menores, toda espécie de vasos, desde os copos até os jarros.” (22,24).

Atos 1,20 – Vemos no início da Igreja que sucessores são imediatamente escolhidos para o ofício de apóstolos. Assim como a Igreja ungiu um sucessor para Judas, também o fez quando precisou de um sucessor para Pedro, após sua morte, e assim continua fazendo, após a morte do Papa.

 

João 21,15-17; Lucas 22,31-32 – A criação do ofício de Pedro – por Jesus – como pastor chefe com as chaves, passou para Lino, Anacleto, Clemente I, todo o caminho até o nosso atual Santo Padre. Jesus não constituiria Pedro como Seu representante para depois não haver uma sucessão após a morte dele.

 

Mateus 23,2 – Isto mostra que os judeus compreenderam a importância da sucessão para a cadeira e sua autoridade. Aqui, Jesus respeita o assento (“cathedra”) de autoridade, que foi preservado pela sucessão. Na Igreja, o assento de Pedro é chamado “cathedra”, e quando o sucessor de Pedro fala oficialmente de um assunto de Fé ou Moral, isso pode elevar ao nível de um magistério “ex cathedra” (da cadeira), o que significa que o ensinamento é, pela graça do Espírito Santo, infalível.

 

Efésios 3,21 – A Palavra Divina conta-nos que a Igreja de Jesus Cristo existirá em todas as gerações. Somente a Igreja Católica pode provar, pela sucessão, tal existência. Nossos irmãos e irmãs protestantes ficam inconfortáveis com essa passagem, porque isso necessita que eles olhem para uma Igreja que existiu por 2.000 anos. Isso significa que todas as outras denominações cristãs (algumas das quais estão por aí por até menos de um ano!) não podem ser a Igreja que Cristo edificou sobre a rocha de Pedro.

 

III. A Autoridade é Transferida pelo Sacramento da Ordem

Isaías 61,9 – Os Apóstolos teriam sucessores que estariam ao redor do mundo e seriam reconhecidos pelas nações como a raça especial do Senhor.

 Jeremias 33,17-26 – Deus diz que a promessa que fez a Davi jamais será revogada. Ele prometeu que jamais faltará um sucessor a Davi, para ocupar o seu trono, e descendentes aos sacerdotes, Seus ministros. Jesus ocupou o trono de Davi, e instituiu o novo sacerdócio ministerial, o qual não terá fim, porque Deus prometeu que multiplicaria a raça dos sacerdotes como as estrelas do céu. O Senhor diz que jamais faltarão sacerdotes para oferecer-Lhe os sacrifícios. Deus está falando da sucessão apostólica e ordenação sacerdotal que haveria no novo reino de Davi, a Igreja. Essas promessas de Deus provam que nesse reino haveria o papado: a ordenação de um sucessor representativo para Jesus como Seu Vigário; a sucessão apostólica: ordenação de sucessores para os apóstolos; e a ordenação de sacerdotes ministeriais.

 








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