Cidadãos do Infinito




Os Mandamentos de Deus e da Santa Igreja
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09/01/2012
JESUS NA EUCARISTIA
Vinde a Mim todos que estão cansados e Eu vos aliviarei


Escritos espirituais da Serva de Deus Maria Lataste.

Eu não estou no meu Sacramento, apenas para alguns, nalgumas regiões em particular, ou por algum tempo; mas para todos, em toda a Terra e em todos os tempos da existência do mundo. Apresentarei este Sacramento em todas as gerações como um espetáculo, sempre vivo e sempre novo, do poder de Deus.

Oh! Minha filha! Terás tu já compreendido alguma vez como celebras, no momento presente, as grandezas da eucaristia? O poder de Deus manifesta-se ainda, neste Sacramento, pelo bem e pelos bons efeitos que produz nas almas. E quantas pessoas não poderiam dar testemunho da verdade daquilo que Eu mesmo te digo aqui!...

Foi neste Sacramento do seu amor que o Senhor abriu os tesouros da sua misericórdia.
Toda a bondade e misericórdia de Deus se encontram nele, porque nesta hóstia estão todas as perfeições de Deus, todas as virtudes, todas as graças, uma vez que Aquele que nela reside é o autor da graça e o Deus das virtudes.

É lá que Deus prefere exercer a sua misericórdia, porque nela está por bondade e misericórdia. Louvaríamos muito um amigo que, pelo seu amigo, se tivesse despojado de seus bens, se deixasse exilar com ele. E Eu? Morri pelos homens; quis habitar com eles no exílio, a fim de os consolar, de os fortificar, de os aliviar e de prover às suas necessidades, dando-lhes daquilo de que precisam. Na verdade, quem é que, tendo rezado com fé, esperança, submissão, constância e perseverança, não acabou por ser atendido.

Ah! Minha filha, Eu mesmo o digo em verdade: Se os homens são tão fracos, tão pobres de virtudes, é apenas porque não pedem suficientemente: A maior parte reúne-se na Minha Casa, diz algumas orações, com algum fervor, se o quiserdes; outros dizem-nas de má vontade, numa verdadeira alucinação e dissipação de espírito. E como quereis então vós que um Deus, ciumento e justo, possa receber e atender essas vossas orações?

Quem é que estando aflito e tendo vindo com santas disposições, não foi prontamente atendido? É precisamente para aqueles que estão acabrunhados, sob o peso da lei, que Eu estou na Eucaristia. Eu mesmo disse: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados, sobrecarregados, e oprimidos, e aliviar-vos-ei" (Mt 11,28). Eu convido não apenas os justos, mas também os pecadores, desde que eles mesmos queiram renunciar sinceramente aos seus pecados. Estou, pois aqui como sobre um trono de graça e misericórdia, para receber a todos quantos se apresentarem.

Peço-lhes apenas que renunciem aos seus pecados, aos seus maus hábitos, e, por Mim estou pronto, se estiverem na disposição de fazer o que lhes peço, para fazer cair sobre eles, com abundância, tanto as minhas graças como as minhas bênçãos; a fazer cair sobre eles toda a misericórdia do meu coração; a dar-lhes todo o meu amor; a tomá-los nos meus braços, com a ovelhas desgarradas que regressam ao seu rebanho; a rodeá-los de solicitude, tal como uma mãe trata o seu filho doente.

Numa palavra: A consagrar-me inteiramente a eles para que sejam meus para sempre. Acaso não será pôr inteiramente a descoberto a imensidade da minha misericórdia, o estar assim entre os filhos dos homens, a cada instante do dia e em todos os lugares da terra, sob as espécies eucarísticas? Acaso não é um mistério insondável de misericórdia divina, a humilhação pela qual o Filho de Deus se coloca assim inteiramente à disposição dos homens com tudo o que Ele é, com tudo o que Ele tem?

Ah! Minha filha, quantos remorsos, amanhã, no coração de milhões de homens, por se não terem servido de minha misericórdia neste sacramento, quando tão facilmente o poderiam ter feito? Mas, então, terá passado o momento da minha Misericórdia, porque já nesse momento o Sacramento do meu Altar se terá levantado, para sobre eles faz cair juízos repletos de severidade e de justiça?.

É no sacramento do seu amor que o Senhor revela a severidade dos seus juízos e o rigor de sua justiça, para com aqueles que o profanam.
Estes juízos cairão sobre duas espécies de pessoas: Sobre aqueles que não me recebem e sobre os que me recebem indignamente.

As primeiras vivem um estado de morte. Parecem-se com uma árvore que já não tem seiva, que seca e morre; parecem-se com um peixe lançado fora da água, que não está já no seu elemento indispensável e morre; são como um homem que desejaria não somente manter sua força e vigor, mas ainda mesmo viver sem beber nem comer.

Eu sou a seiva da alma; eu sou alimento em que ela sabe e pode mover-se e agitar-se; eu sou o seu alimento, a sua bebida, e todo aquele que não come a minha carne eucarística e não bebe nunca o meu sangue, de nodo algum terá a vida. Morre dia a dia, cada vez mais; e o dia de sua morte será aquele em que eu mesmo lhe mostrarei, tanto o meu rigor como a minha justiça, no fundo dos abismos. E vós, sacrílegos, que ingratidão a vossa?... Não há termos que possam exprimir a perfídia do vosso crime. De que castigo vos tornais vós dignos, quer sejais instruídos, quer ignorantes!...

Vós, que sois instruídos e conheceis melhor a grandeza deste sacramento, sois mais culpados, ministros de Satanás, do que os doutores e príncipes dos sacerdotes na medida em que devíeis conhecer, melhor do eles, a minha divindade. Eles entregaram-Me às mãos dos meus maiores inimigos: Os demônios. E vós, que sois ignorantes, procurai instruir-vos. Acaso sereis ignorantes ao ponto de não saber que receber este sacramento em pecado mortal é cometer um sacrilégio? ....

A comunhão indigna é um pecado tão grande, que toda a gente lhe tem horror; e entretanto, é o que há de mais freqüente.... Também o que comunga indignamente cai numa indiferença que o torna insensível a tudo; ou então é devorado pelos remorsos de consciência e, assim, este sacramento trás com ele o mesmo castigo.

Uma primeira comunhão indigna perturba suficientemente uma alma; uma segunda endurece-a já um pouco; uma terceira e seguintes fazem-na cair na insensibilidade, e mesmo nos desprezo pelas coisas santas, com uma segurança e letargia verdadeiramente mortais.
Oh! Como é raro que aquele que profanou o sacramento durante a vida, o receba com boas disposições na hora da morte! E quantos morrem no desespero ou nessa tal indiferença, que os torna insensíveis a tudo! Aquele que faz uma comunhão indigna sente no fundo do seu coração um medo, um desespero, um ódio a Deus que é o princípio daquilo que o devorará na eternidade. Tudo o leva ao desespero, em vez de o levar à confiança. Fala-se-lhe nos últimos sacramentos? Mas a recordação daqueles que ele mesmo profanou, durante a sua vida, perturba-o. Apresenta-se-lhe uma cruz?

Mas este gesto, ao invés de o consolar, reprova-lhe o seu crime e a maior parte morre nesta insensibilidade. Morrem! E, tantas vezes, pensando em tudo menos em Mim, sendo esses sacramentos como que a confirmação da sua recusa ou reprovação. Deste modo é bem verdade dizer que o Senhor manifesta, neste sacramento, a severidade dos seus juízos e o rigor de sua justiça. Nenhum outro pecado o Senhor castiga tão severamente como uma comunhão sacrílega. Em fim, tudo está resumido nessas palavras, que eu mesmo disse: ?Aquele que me recebe indignamente, come e bebe a sua própria condenação? (1Cor 11,29).

Assim é, minha filha. Trata de cada vez mais progredir no meu amor e no amor ao sacramento do meu altar. Só assim ele será para ti um mistério inefável de misericórdia, no tempo e na eternidade. Por este sacramento, manteremos a intimidade das nossas relações, estreitaremos cada vez mais os nossos laços. Tu amar-me-ás ainda mais e Eu cumular-te-ei com favores cada vez mais distintos e maiores?.

Edições BOA NOVA, nº 261.









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