Cidadãos do Infinito




As Comunidades de Vida
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31/12/2011
AS NOVAS COMUNIDADES
São um pedido do Papa João PaULO II


AS NOVAS COMUNIDADES

Seguindo um pedido de João Paulo II na Exortação Apostólica VITA CONSECRATA.

O Espírito de Deus que sempre orientou e sustentou toda a história da Igreja, suscita nos tempos de hoje novas formas de consagração e vida evangélica. Assim como as diversas formas de vida consagrada e comunitária surgidas no decorrer dos vinte séculos do cristianismo, as "comunidades novas" ou "novas fundações" são por um desígnio da divina providência uma resposta para as necessidades da Igreja e do mundo de hoje.

As "comunidades novas" respondem a tais necessidades, em primeiro lugar, pela fidelidade ao chamado específico que o Senhor faz a elas e como conseqüência dessa fidelidade através de uma autêntica vida litúrgica; da formação e do engajamento do laicato; de um amor incondicional pela hierarquia, de modo especial pelo Papa; de uma sólida vida espiritual (ascese e mística); de uma fé purificada; de uma vida moral no Espírito; e de modo especial através de uma força evangelizadora e pastoral que penetra nas realidades atuais e no coração do homem contemporâneo. 

Tratando da realidade das "comunidades novas" o instrumentum laboris do sínodo dos bispos afirma: "quanto ao estilo de vida evangélica, muitas vezes se distinguem por uma forte austeridade de vida, intensa oração, resgate de formas sãs de devoção tradicional, divisão dos trabalhos domésticos e manuais pela parte de todos os membros. Sob o aspecto apostólico, é forte o impulso missionário, rumo aos distantes e rumo àqueles que nunca receberam o Evangelho; o empenho na nova evangelização, a ecumênica; a aproximação dos pobres e dos marginalizados".

"O Espírito, que ao longo dos tempos suscitou numerosas formas de vida consagrada, não cessa de assumir a Igreja, quer alimentado nos institutos já existentes o esforço de renovação na fidelidade ao carisma original, quer distribuindo novos carismas a homens e mulheres do nosso tempo, para que dêem vida a instituições adequadas aos desafios de hoje. Sinal desta intervenção divina são as chamadas "Novas Fundações". Com características de algum modo originais relativamente às tradicionais.

A originalidade destas novas comunidades consiste freqüentemente no fato de se tratar de grupos compostos de homens e mulheres, de clérigos e leigos, de casados e solteiros, que seguem um estilo particular de vida, inspirado às vezes numa ou noutra forma tradicional ou adaptação às exigências da sociedade atual. Também o seu compromisso de vida evangélica se exprime em formas diversas, manifestando-se como tendência geral, uma intensa aspiração à vida comunitária, à pobreza e à oração. No governo, participam clérigos e leigos, segundo as respectivas competências e o fim vai ao encontro das solicitações da nova evangelização.

As novas formas (de vida evangélica) são um Dom do Espírito, para que a Igreja siga o seu Senhor, num impulso perene de generosidade, atenta aos apelos de Deus que se revelam através dos sinais dos tempos. Assim, ela apresenta-se ao mundo diversificado nas suas formas de santidade e de serviço, como "sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo gênero humano". Os antigos institutos, muitos deles acrisolados por provas duríssimas suportadas com fortaleza ao longo dos séculos, podem enriquecer-se entrando em diálogo e troca de dons com as fundações e comunidades que surgem no nosso tempo.

Desse modo, o vigor das várias instituições de vida consagrada, desde as mais antigas até as mais recentes, e ainda vivacidade das novas comunidades alimentarão a fidelidade ao Espírito Santo, que é principio de comunhão e de novidade perene de vida" (JOÃO PAULO II, Exortação apostólica Vita Consecrata)

"Na Igreja, tanto hoje como no passado, novas formas de vida comunitária exprimem a fecundidade de Espírito e do Evangelho de Jesus. Como pastor, entrei em contato com várias destas novas formas de consagração. Ainda não disponho de dados precisos acerca da extensão deste fenômeno, mas calcula-se que as "novas" comunidades já se possam contar em centenas no mundo.

Este é um sinal dos tempos, que exige uma abertura e um atento discernimento. Parece-me que, embora na diversidade dos caminhos e dos carismas, e dentro dos limites próprios de cada experiência esta novas formas de vida evangélica estejam assinaladas por alguns elementos e algumas características mais ou menos comuns.

As novas comunidades não se identificam com as atuais formas de vida consagrada. Apresentam-se com freqüência como "famílias eclesiais", porque, ao redor de um comum carisma de fundação bem definido, convergem leigos, clérigos, pessoas solteiras e casadas que, no respeito dos diferentes estados de vida, se consagram a um idêntico ideal evangélica, como membros igualitários de um único corpo, com diversos níveis de pertencer. 

Normalmente, podem-se verificar as seguintes características: 

A unidade da obra e da presidência;
Uma certa radicalidade evangélica;
A unidade entre a consagração e a missão, compreendida como carisma particular;
Um forte sentido comunitário com o evidente primado do ser comunhão sobre o fazer;
O exercício da autoridade vivido em conformidade com a comunhão;
O desejo de evita a identificação entre a sacerdócio e autoridade, a fim de respeitar e promover a laicidade;
Uma clara aceitação da pobreza e do abandono à Providência;
Uma vida de oração intensa. Tanto pessoal como comunitária;
Um vivo Fervor missionário.

 





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