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Doutrina Católica
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30/10/2013
INDULGÊNCIA PLENÁRIA E PARCIAL
A Indulgência retira as penas das almas do Purgatório


No Dia de Finados, “aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos.

Diariamente, do dia 1º ao dia 8 de novembro, nas condições costumeiras, isto é, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice; nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial (Encher. Indulgentiarum, n.13)”.

“Ainda neste dia, em todas as igrejas, oratórios públicos ou semi-públicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos; a obra que se prescreve é a piedosa visitação à igreja, durante a qual se deve rezar o Pai-nosso e Creio, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai Nosso e Ave-Maria, ou qualquer outra oração conforme inspirar a piedade e devoção).” (pg. 462 do Diretório Litúrgico da CNBB).

 

Mas, afinal, o que é indulgência?

Para falar deste assunto tão comentado pelos fiéis da Igreja Católica, durante o Dia de Finados, o cancaonova.com conversou com o professor Felipe Aquino.

O que é indulgência?

A indulgência é o cancelamento das penas devidas pelos pecados que nós cometemos e que já foram perdoados na confissão. Mas é preciso explicar uma coisa: quando se comete um pecado grave, há duas conseqüências: a culpa e a pena. A culpa é aquela ofensa que se faz a Deus e a confissão perdoa. No entanto, ainda fica a chamada ‘pena temporal’, que é o estrago causado pelo pecado na sua própria alma, porque você deixou de ser mais santo. Então, há de querer recuperar isso. Essa pena nós cumprimos aqui na terra com orações e penitências ou no purgatório, se a pessoa morrer com elas.

A indulgência retira essas penas das almas do purgatório; elas fazem aquilo que nós chamamos de sufrágio da alma.

A indulgência é do tempo de Jesus ou uma criação do Papa?

A indulgência é uma descoberta da Igreja, mas que, evidentemente, está no coração de Jesus. Ele não ensinou todas as coisas para Igreja, mas deixou que o Espírito Santo as fosse  ensinando. Tanto é que, na Santa Ceia, Ele disse para os apóstolos: “Eu ainda tenho muitas coisas para ensinar, mas vocês não estão preparados para ouvir agora. Quando vier o Espírito Santo ensinar-vos-á todas as coisas ” (Jo 16,12). O Espírito de Deus, então, foi ensinando para a Igreja, nesses 2 mil anos, e as indulgências começaram logo nos primeiros séculos. Ela foi aprovada pela Igreja e pelos papas até hoje, mas, evidentemente, está tudo no coração de Jesus.

Há diferentes tipos de indulgências?

Há dois tipos de indulgências: a plenária e a parcial. A indulgência parcial é aquela que nós conseguimos para uma alma do purgatório, e ela fica aliviada de parte de suas penas. Na indulgência plenária, a alma fica aliviada de todas as suas penas, ou seja, dali, ela vai para o céu.

Podemos fazer as indulgências em qualquer época do ano?

Sim. Podemos ganhá-las todos os dias para a nossa alma ou para uma alma do purgatório. Basta fazer uma boa confissão, participar da Eucaristia, rezar pelo o Papa pelo menos um Pai Nosso e uma Ave-Maria. Depois, fazer uma das quatro coisas que eu vou dizer agora: fazer meia hora de adoração ao Santíssimo Sacramento, meia hora de leitura bíblica meditada, a via-sacra na Igreja, ou rezar um terço em família ou na comunidade diante de um oratório com a imagem de Nossa Senhora. Cumprindo essas 4 exigências, a pessoa pode ganhar uma indulgência plenária a cada dia, uma vez por dia e para cada alma.

Podemos oferecê-la para alguém? Qualquer alma pode recebê-las?

Podemos oferecer para qualquer alma do purgatório ou para nossa própria alma. A condição é essa, que a alma esteja no purgatório.

Se eu ofereço a indulgência para alguma alma, preciso continuar rezando por ela?

Se você quiser, continua rezando, mas se cumpriu as quatro exigências para a alma conseguir a indulgência, pronto. Agora, se você quiser continuar rezando mais, pode.

Se eu rezo por alguma alma, mas ela já está no céu ou no inferno, minhas orações são em vão?

Não são. Todas as orações pertencem à comunhão dos santos, que é a união da Igreja que está na Terra, no Céu e no Purgatório. Qualquer oração, se não beneficia a Igreja padecente no purgatório, pode beneficiar a Igreja militante na Terra.

E quanto às crianças que faleceram, também necessitam de nossas orações?

Recentemente, o Papa Bento XVI colocou essa questão bem clara; ele pediu, inclusive, para a Comissão Teológica Internacional do Vaticano estudar a questão. Eles foram bem claros: a criança que morre sem o batismo está salva, vai para o céu. Mas a Igreja recomenda que se reze por essa criança.

Fonte: www.cancaonova.com

 

 

Indulgências Plenárias para o Dia de Finados

Fonte: Manual das Indulgências

(Condições para adquirir as indulgências plenárias para as almas do purgatório)

Ao fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos, concedem-se indulgências somente aplicáveis às almas do Purgatório. Esta indulgência será plenária (cumprindo as 3 condições), cada dia, de 01 a 08 de novembro; nos outros dias do ano será parcial;

Para adquirir a INDULGÊNCIA PLENÁRIA é preciso ir ao cemitério, rezar devotamente pelos defuntos e preencher essas três condições:

a) Confissão sacramental – cada confissão vale para as indulgências obtidas até uns 15 dias antes e para as que serão obtidas até uns 15 dias depois de recebido o sacramento;

b) Comunhão eucarística – é necessária uma comunhão para cada indulgência;

c) Oração nas intenções do Sumo Pontífice – rezar para cada indulgência;

 

Prof. Felipe Aquino

 

 

 




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