Cidadãos do Infinito




Nossa Diocese e Bispos
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02/01/2012
POSSE DE DOM CANÍSIO REANIMA AS ESPERANÇAS
Por Pe. Roque Hammes


Às quatro horas da tarde do domingo, dia 18 de julho de 2010, Dom Canísio Klaus subiu os degraus do altar da Catedral São João Batista de Santa Cruz do Sul ladeado por Dom Sinésio Bohn e Dom Dadeus Grings. O presbitério estava tomado por mais de uma centena de padres, diáconos e mais 13 bispos (ao todo, a celebração contou com a presença de 16 bispos). Apesar da intensa chuva e do frio, os bancos da catedral já estavam ocupados às 15h30min, sendo que as pessoas que chegaram depois deste horário tiveram que permanecer de pé. Vieram caravanas de todas as paróquias da Diocese, sendo que a mais numerosa foi da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Arroio do Meio, de onde vieram 5 ônibus lotados. Também veio uma caravana de 50 pessoas da Diocese de Diamantino, MT, onde Dom Canísio fora bispo até receber a nomeação para Santa Cruz do Sul no mês de maio. O clima era de alegria e esperança. As expectativas são grandes.

Por Padre Roque Hammes

 

A força da família

Na missa de posse, Dom Canísio se emocionou ao lembrar a participação da sua família na missão que estava abraçando. O nome Canísio é uma homenagem a São Pedro Canísio, “o segundo apóstolo da Alemanha”, que no fervor da Reforma Luterana se destacou pelo seu espírito pacífico e conciliador e sua dedicação à catequese. Ao lhe dar este nome, os pais de Dom Canísio manifestaram um secreto desejo de que seu filho fosse padre.

Vendo concretizado este desejo com a ordenação sacerdotal, o pai reuniu a família e declarou: “o Canísio, a partir de hoje, pertence à Igreja. Ele continuará sendo nosso filho e nosso irmão, mas acima de tudo, ele é da Igreja. Por causa disso, onde a Igreja precisar do seu serviço ele deverá ir”.

Diz Dom Canísio, que esta declaração sempre o acompanhou e sempre o motivou a dar o seu “sim”. “Fui ao Mato Grosso porque a Igreja precisava de mim. Volto para Santa Cruz como Bispo, porque a Igreja, através de meus superiores, me pede este serviço”.

 

Celebração da posse

A celebração de posse de Dom Canísio foi preparada com muito esmero pela equipe de liturgia, coordenada pelos padres Marcelino Sivinski, Dionísio Kist, Alfonso Antoni e Irmã Maria. A partir das 15h30min a banda do 7° BIB (Banda do Quartel) acolheu as caravanas com seus toques sonoros. Por causa da intensa chuva que caia sobre a cidade no momento da celebração, a procissão de entrada ficou restrita aos bispos. No momento em que Dom Canísio pisou o chão da catedral, a assembléia irrompeu em aplausos, abafando o canto do Hino Jubilar entoado pela equipe de animação.

Dom Dadeus presidiu a cerimônia, ladeado pelos bispos Dom Canísio Klaus, Sinésio Bohn, Gentil Delazari, Mário Stroehr, Gilio Felício, Fares Maakaroum, Anselmo Muller, Paulo de Conto, Jaime Pedro Kohl, Zeno Hastenteufel, Remidio José Bohn, Paulo Moreto, Irineu Gassen, Irineu Wilges e Helio Rubert. Mais de 100 padres e diáconos ocuparam o presbitério. No meio do público, além dos familiares, das caravanas das paróquias, das autoridades e de povo devoto, estavam os pastores Valdir Trebin e Alberto Heck da IECL e o pastor Darci Roehrs da IELB.

No começo da celebração, Dom Sinésio fez a saudação de acolhida a Dom Canísio e aos demais bispos, padres e povo. Gaspar Biasibetti, na qualidade de comentarista da celebração, explicou os passos a serem seguidos.

O ato de posse constou da apresentação das Letras Apostólicas ao Colégio de Consultores e sua subseqüente leitura. Dom Dadeus solicitou a Dom Sinésio que passasse o báculo a Dom Canísio, conduzindo-o, em seguida, à cátedra. A partir daí, Dom Canísio assumiu a presidência da celebração.

Na qualidade de coordenador dos presbíteros, Pe. Astor Backes acolheu o novo bispo, dispondo o presbitério a somar forças na tarefa de evangelização. Pe. Alfonso Antoni fez uma apresentação da Diocese, destacando as atividades do Ano Jubilar celebrado em 2009.

Depois da proclamação do Evangelho, Dom Canísio fez seu primeiro pronunciamento ao povo da Diocese de Santa Cruz do Sul. Começou sua fala com as palavras de agradecimento e terminou com a invocação da bênção de Deus, convidando a todos “a ouvirem e seguirem atentamente a Palavra do Senhor, para a maior glória de Deus”. Agradeceu a Deus, a Dom Sinésio, aos bispos do Rio Grande do Sul, a Dom Gentil que veio do Mato Grosso, aos padres, familiares, povo da Diocese de Diamantino, povo da Diocese de Santa Cruz do Sul e aos variados Meios de Comunicação Social. Disse que se considera “uma dádiva do Senhor, que um dia foi enviado por esta Diocese como padre missionário para o Mato Grosso e hoje sendo enviado de volta como bispo, por um povo missionário”. Ressaltou sua disposição em somar no processo da evangelização, “porque o que vale não é o que eu sou, mas o que somos nós. Juntos e fraternos faremos acontecer o Reino de Deus nesta Igreja particular de Santa Cruz do Sul”.

Antes de terminar seu pronunciamento, confirmou a todos os padres e funcionários “nos seus ofícios, cargos, funções e nomeações”, mantendo “todos os conselhos e coordenações até uma segunda ordem”.

Na hora das oferendas, representantes das 11 comarcas da Diocese de Santa Cruz do Sul levaram ao altar símbolos que representam a vida e o trabalho do povo diocesano. Foram apresentados terra, água, frutos, chimarrão, brasão de Dom Sinésio, brasão de Dom Canísio, mapa da Diocese de Santa Cruz do Sul, livro da história de Rio Pardo, imagem de João Batista Scalabrini, pão e vinho.

No final da missa, Dom Canísio recebeu os cumprimentos do povo na catedral São João Batista. Às 19 horas foi servido um jantar de confraternização no Centro Comunitário, do qual participaram os familiares, padres e pessoas amigas. Foram aproximadamente 400 as pessoas que jantaram e confraternizaram com o novo bispo. As caravanas, em sua grande maioria, voltaram para suas casas sem janta, uma vez que a viagem de volta deveria ser feita em meio à chuva e cerração.

Todas as pessoas que participaram da celebração voltaram exultantes de alegria, na certeza de que a Igreja na Diocese de Santa Cruz do Sul passa a contar com um bispo que é “bom Pastor que cuida das suas ovelhas”. Voltaram também convictos de que a Igreja Católica na região foi revigorada com a vinda do novo Bispo. Pastor Darci, da Igreja Evangélica Luterana, testemunhou: “a Igreja Católica está de parabéns por conseguir organizar um evento desta monta”.



O bispo e a Imprensa

A posse de Dom Canísio foi noticiada em todos os Meios de Comunicação Social da região. Assim que saiu a notícia de sua nomeação, Dom Canísio foi procurado por repórteres de todos os meios para dar entrevistas e fazer sua manifestação. Na sua chegada em Santa Cruz do Sul, na noite de 13 de julho, já estava sendo aguardado por um fotógrafo e uma repórter da Gazeta do Sul. Solícito, apesar do cansaço da viagem, Dom Canísio se postou para as fotos e respondeu à primeira entrevista.

Na quinta-feira, dia 15 de julho, Dom Canísio concedeu entrevista aos vários órgãos de imprensa da região. Estiveram presentes repórteres de jornais, rádios e televisão. Nos dias subseqüentes, foram muitas as solicitações de fotos e entrevistas, uma vez que a vinda de um novo Bispo é uma grande notícia para a região da Diocese de Santa Cruz do Sul.

No final da missa de posse na Catedral, Dom Canísio mais uma vez atendeu aos repórteres, respondendo as questões que lhe eram colocadas. É a forma de atuar do novo bispo: atender a todos sem discriminação e sem concessão de privilégios.

Sobre a importância dos MCS, ele falou na entrevista do dia 15 de julho: “é fundamental a importância dos Meios de Comunicação Social, hoje tão sofisticados. A partir do nosso mestre Jesus Cristo, que não teve em suas mãos os meios que hoje temos, mas usou os meio a sua disposição na época: pregou em cima do monte, no barco, no meio do campo, nas ladeiras, nas sinagogas. Em todos os momentos soube se valer dos meios que estavam disponíveis. É o que se espera da Igreja hoje também”.

 

Bem vindo, Dom Canísio!

Muitas faixas de boas vindas foram erguidas na catedral no dia 18 de julho. Outras tantas palavras de boas vindas já foram dirigidas a Dom Canísio. Nos unimos a estes tantos grupos e pessoas, e dizemos: Bem vindo, Dom Canísio! As lideranças e as comunidades te acolhem com alegria. Contigo nos sentimos “Enviados para Evangelizar”.






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