Cidadãos do Infinito




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15/01/2012
OBRAS DE MISERICÓRDIA
Com sentido espiritual


A Fé é um dom de DEUS. E nossa obra para produzir fruto, para pertencer só a DEUS, para ser bela, deve ser edificada sobre a fé.

CRISTO disse: “Eu tive fome, estive nu, doente, preso, sem moradia e tu fizeste isso por Mim.”

A Fé nestas palavras é o fundamento de toda a nossa obra.

Há falta de fé porque sobra egoísmo e procura de lucro pessoal... Porque falta amor e procuramos fazer tudo em nosso proveito. Cristo não nos perguntará quantas coisas fizemos, mas quanto amor colocamos em nossos atos.

Peçamos a Cristo que infunda Sua Luz e Sua Vida em cada um de nós e, através de nós, sobre o mundo da miséria.

Que os pobres(todos nós somos pobres); diante de Deus; sejam quais forem as suas crenças, ao ver-nos, se sintam atraídos para Cristo e nos convidem a entrar em suas casas, em suas vidas... (disse quais forem as suas crenças porque nós precisamos aprender a conviver com os diferentes, nós necessitamos deles para crescermos espiritualmente...os diferentes são tão importantes, em nossa vida, como os iguais).

E nós, jovens (os quais não abandonam DEUS), somos os construtores do amanhã, somos as florzinhas do Jardim da Vida, cujo perfume é o DEUS Amor e DEUS Vida! Nós devemos parecer-nos com Cristo... Devemos viver plenamente nossa vida cristã, desde já devemos empenhar-nos no apostolado para que um dia aconteça a Unidade entre os cristãos.

Para que nossa atividade seja verdadeiramente apostólica é necessário sermos almas de oração, é preciso nos esquecermos para lembrarmos de todos, é necessário submeter-se à vontade de Deus.

Jovens!Deus não está somente no mistério do Altar, mas está em todos os que sofrem (enfermos), nos presos, nos famintos e sedentos, nos nus e desabrigados...

E precisamos descobri-LO em cada uma destas pessoas...

Vê quantos irmãos enfermos... O mundo mais que um paraíso terrestre, é um hospital, lotado de doentes físicos, mentais e espirituais... e a maior doença não é o câncer, a lepra, a aids, e sim, o sentir-se indesejável, dês-amado, abandonado por todos, estas são as maiores causas da pior enfermidade : a espiritual (que tanto abate o físico também). Esta é a causa que leva tantos jovens a se perderem, mergulharem nos vícios, nas drogas... a se prostituírem (não só o corpo, mas a alma)...que leva tantos irmãos à cólera, aos crimes, ao egoísmo.

E tudo por minha culpa, pela culpa de cada um de nós, que tantas vezes negamos um: - Bom dia! Um aperto de mão, um sorriso, que negamos um tempinho nosso para ouvir o próximo, para lhe dizer uma palavra amiga, de conforto, de esperança! São coisas pequeninas, mas nelas consiste o nosso amor de Deus em ação.

Quanto ao sofrimento, Deus dá a todas as almas que criou uma oportunidade de encontrar-se face a face com Ele, de aceita-LO ou rejeita-LO, e eis a causa do sofrimento no mundo: A rejeição de Cristo. O sofrimento de si mesmo, nada vale; mas se o partilharmos com a Paixão de Cristo se transforma em dom maravilhoso; dom mais belo e sublime, porque ao mesmo tempo em que é dom é também prova de amor.

Quantos irmãos prisioneiros... Esquecidos na margem de seu isolamento... deixemo-nos “tocar” pelos intocáveis, aqueles que, nós classificamos no rol dos irrecuperáveis. Esperemos com aqueles que vivem cativos das condições de injustiça, emparedados em sua incomunicável espera. São tantos sem voz e sem vez que clamam pelo nosso auxílio. Esperemos “com os prisioneiros” aqueles que jazem esmagados por fardos de miséria física, moral e psíquica. Libertemos as pessoas da cruz de nossas restrições e preferências individuais. Pois o que muitas vezes enclausura os homens é a “marginalização”, a rejeição, a incompreensão. Vamos diminuir nossos relacionamentos secundários e aumentar os relacionamentos primários. Procurar o outro não pelo cargo que ele ocupa, nem por nossos interesses particulares, mas porque ele é nosso irmão, filho do mesmo PAI.

Quantos irmãos nus, não só por falta de roupa, mas também por falta de compaixão, pois pouca gente a concede a desconhecidos. A verdadeira compaixão não pertence à alçada das averiguações; a verdadeira compaixão deve resistir ao fracasso, aos conflitos e às ingratidões. Deve resistir ao tempo, às infidelidades, às fugas.

Para amar uma pessoa é preciso chegar bem perto dela. Os homens de hoje consideram o próximo de cima, pensam que os outros não são seus semelhantes. Nesta época de desenvolvimento e do consumismo, toda a gente tem pressa e se atropela e pelo caminho, há pessoas que caem, que não tem força para correr. A essas devemos acudir. Acudir àqueles que são azedos, violentos, que sofrem pela ausência de um olhar, de um sorriso. Acudir aqueles que não podem retribuir os serviços prestados, que ignoram o gesto de gratidão.

Hoje vivemos numa civilização técnica e de consumo... Esses nossos tempos novos e modernos estão revolucionando a vida, não só nas suas estruturas, nos seus meios e recursos, mas também nas mais profundas e íntimas relações humanas e espirituais.

Quantos irmãos desabrigados, não só dum abrigo feito de pedras, mas dum coração amigo, de quem a pessoa possa afirmar que tem alguém por si. Não podemos ajudar os outros “desde fora”; devemos aprender a calar, para permitir que o outro se manifeste... assim poderemos ajudar o próximo de dentro para fora...poderemos ajuda-lo a se transformar...quanta alegria será para nossa alma quando alguém disser: Que em nosso coração ele encontra um  lar. Que alegria saber que Cristo abriu as portas de Seu Sacratíssimo Coração e nos abrigou... Vamos ajudar nossos irmãos a abrir as portas de seu coração Àquele que vive batendo e pedindo abrigo – Nosso Amado JESUS-.

Façamos de nossa Comunidade a qual pertencemos, uma morada feliz... Seja o Amor de Cristo um vínculo vivo que a todos enlaça. Seja nossa missão transmitir o Amor de Deus ao mundo... Não esperemos ser chamados ou avisados para dar vida ao mundo, vamos à procura dos desabrigados... e vale lembrar, que sofreremos muitas perseguições, muito cansaço e que a Cruz será bastante pesada mas “ o Coração que deu vida ao mundo, a deu do alto da Cruz”.

Quantos irmãos estão famintos, não só de alimento, mas de Deus. O povo tem fome de conhecer a DEUS... Devemos mostrar aos outros que Deus não é um Deus “justiceiro”; um Deus de soluções morais, precipitadas, que Ele não é o Deus morto dos atos cumpridos por obrigação...do duro fardo de nossa boa consciência imposto aos ombros alheios. Mas um Deus que é misericórdia, Amor, perdão, que, em Cristo, assumiu as feições dos homens e se inseriu na raça dos pobres. Temos que ajudar nossos irmãos a libertar Deus das amarras do pensamento humano... dos domingos e dias Santos de Guarda e mostrar que Deus nos acompanha sempre, como nossa sombra, e que é nosso Amigo. Assim, estaremos dando a Cristo que também tem fome, não só de pão, mas também de nosso amor, de nossa presença, de nosso contato, um grande presente: almas ardentes. Só assim poderá acontecer a explosão real e viva do amor que Deus tem pelo mundo. Devemos dar Jesus ao povo, por isso devemos estar juntos de DEUS. É preciso ter uma hora santa para oração e a meditação... onde quer que estejamos... Pois se verdadeiramente amamos o próximo, nosso primeiro contato deve ser com DEUS, no Santíssimo Sacramento. Depois ser-nos-á fácil transferir aos “pobres” nosso amor por Jesus.

Quantos irmãos estão famintos, não só de pão, mas também de existir para alguém... ter alguém por si... sentir que se é amado... mas grande é a solidão até mesmo em meio à imensa multidão...quanta indiferença pelo próximo que, à beira do caminho, se acha exposto à exploração, à corrupção, à indigência, à doença... Tantas pessoas abandonadas que não são queridas e, todavia, esta gente pertence a Cristo... e são nossos. Em muitos lugares, podemos presenciar este sofrimento, esta fome de amor, que vós e eu, e ninguém mais pode saciar.

Quanta gente isolada que só é conhecida pelo número da casa... Sabemos realmente que existe alguém, talvez na porta pregada à nossa? Quem sabe, seja um rico privado de quem o visite?... talvez muitas outras riquezas possui ele, mas estas o afogam. Falta-lhe o contato humano e ele precisa do vosso contato.

Quantos irmãos sedentos, à procura da fonte das águas (graças)... Dá de beber a quem tem sede... não só sede de água... mas sede de amor, de misericórdia, de justiça, de perdão.

“Tenho Sede!” disse Jesus na Cruz... sede de almas, sede do amor dessas almas.

Cristo quer um só presente nosso: almas e para isto Ele nos dá todas as Graças e dons necessários... para continuarmos Sua Obra desde aqui... Basta que peçamos!...

 

Não nos deixemos contentar só com donativos em dinheiro. Dinheiro não basta. Este pode-se adquirir. As pessoas precisam de nossas mãos para servi-los; precisam de nossos corações para amá-los. Se o nosso amor for verdadeiro, nós, eu e vocês, devemos descobrir Cristo, o mesmo Jesus, em nossos pobres, que são indesejáveis, que são inúteis para a sociedade e, para os quais, os homens não tem  tempo, e fazer por eles aquilo que gostaríamos de fazer por Cristo, se fosse visível.

A nossa vocação, para ser bela, deve ser cheia de atenções para com os demais.

Lembrem-se: “o que fizerdes ao menor dos meus, é a Mim que o fareis”.

                                                       Solange








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