Assim como estão próximos cabeça e coração, formando um conjunto, assim a entrega de Jesus no Cenáculo; quando Se deu aos Seus como alimento; e a Sua Imolação sobre o Gólgota, quando Ele se sacrificou pelo mundo inteiro, também se encontram juntos. E como Cristo o Crucificado, é a nossa cabeça, assim é Ele, como Pão Sagrado, o nosso coração. Do Pão nascem fontes que se tornam rios de graça para toda a Santa Igreja.

O Tabernáculo é a flor na árvore da vida da Igreja, e os Santos Anjos mostram-nos a beleza desta flor, que é o próprio Deus escôndito. Ele escondeu-se diante de nós por detrás de sete invólucros:

. Diante dos nossos cinco sentidos, e mesmo do nosso chamado sexto sentido, pois a um vulgar mortal não seria possível, sem o auxílio das potências superiores, distinguir uma Hóstia não sagrada de uma Consagrada. 

. Deus também se escondeu ao nosso espírito, de que tanto nos orgulhamos. Ninguém pode penetrar neste mistério e esgotá-lo, somente pela graça da fé escura reconhecemos a beleza de Nosso Senhor como Pão.

O Pão Sagrado: A Eucaristia é o centro de onde irradia a beleza sobre a Santa Igreja, consistindo na integridade e pureza, na sinceridade, no amor e no sacrifício. A beleza deste mistério é sustentada pelo Espírito; é a beleza mais íntima, a flor mais delicada. Em torno dela desabrocha a beleza da imagem de Deus, que se encontra encarnada em Maria, em Nosso Senhor, tanto na Sua infância, como em adulto, em toda a clareza, inocência e grandeza, que se reflete no exterior da pessoa humana e forma também sua beleza física. Ele ficou santificado pela Encarnação do Filho no seio de Maria, Virgem e Mãe, e reflete-se na integridade e inocência do homem puro.