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No Natal de Belém / Uma estrela apareceu
Mostrando as pessoas de bem / onde Jesus nasceu
Foi lá que os pastores / de madrugada chegaram
E com os magos adoradores / o Deus Menino encontraram
A estrela surgiu bem ao norte / cindindo a história
Iluminando bem forte / a humana trajetória
Lá os humildes e retos / acham límpida fonte
E os excluídos sem teto / para a paz a ponte
Em Belém ele acampa / para residir na humanidade
E no rosto dos filhos estampa / traços de sua Divindade
Os olhos do visitante não tampa / mesmo criança desprotegida
Que os desvalidos encanta / Ele é a luz jamais sumida
Quanta sede de paz e bem / no caminho dos humanos
É nesta fonte de Belém / que os sedentos nos debruçamos
Ele é a Luz para as trevas / das sofredoras humanas levas
Que na sarjeta espremidos / na exclusão são metidos
Na pedregosa estrada do tempo / em Belém começa um novo dia
Que a fé qual forte vento / acorda de sua longa letargia
Que o Santo Natal seja a festa / da Divina Ternura
Que o amor abra uma fresta / para eliminar nossa secura
No Natal o Verbo Eterno / a Sabedoria Divina
Se revela em humano terno / com rosto de criança pequenina
Por isso o Natal é festa de fé / festa da Nova Aliança
Que desde o Sinai, Javé / com seu povo então dança
No Natal ouvimos um novo canto / a ecoar em toda Terra
Glória a Deus Uno e Santo / Sim a paz não a guerra
Violência, seqüestro e morte / tudo deve acabar
Por isso cantai um Noite Feliz bem forte / e assim a Deus louvar
A noite silenciosa do Natal / trouxe o Emanuel
Deus sempre tem a palavra final / Deus sempre é fiel
Que Deus Menino nos ensine a viver / esta natalina verdade
E vida plena possa florescer / no campo e na cidade
Pe. Álvaro Lenhardt